24. Tatuagem

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— Jimin? — Chamei enquanto caminhava pela casa, olhando ao redor para localizá-los com pressa. E após alguns passos, o loiro apareceu um pouco assustado. — Tudo bem?

— Tudo... Tudo bem — sorriu fechado. — Por que não estaria?

— Você é que me diz — dei de ombros. — Estava tão frio hoje cedo.

— Eu estou com muito trabalho acumulado, só isso.

— Podemos conversar lá no nosso quarto? — Pedi.

— C-Claro — o mais velho me seguiu até o nosso cômodo e fechou a porta. Sob o seu olhar atento cravado em mim, sentei na cama e retirei os meus sapatos. — O que quer falar?

— Eu quero te fazer um pedido.

— Pode fazer.

— Estou percebendo que você está passando por um momento conturbado no trabalho e não quer me dizer, mas...

— Amor — me interrompeu —, esse é um assunto...

— Mas eu não vou permitir que me trate do mesmo modo de antes — continuei sem me importar em interrompê-lo. — Hoje você fez isso e eu não vou admitir — mantive o tom firme. — Eu definitivamente não quero mais aquele Kevin Park que se fechou por causa da droga do trabalho.

— Não quer? — Seus lábios ergueram-se em um sorriso contido.

— Claro que não — franzi o cenho. — Acha que vou querer um homem controlador de volta? — Park riu fraco antes de negar com a cabeça. — Mereço alguém melhor, lembra?

— Claro que lembro, meu amor — Jimin riu e se aproximou. — Eu só estava confuso, precisando de um tempo sozinho.

— Se precisar de mais espaço, eu dou.

— Você é a melhor mulher desse mundo, (s/n) — levou as duas mãos até as minhas bochechas e as acariciou por um breve momento. — Não canso de dizer.

— Bobo — murmurei. Sem cerimônia, Park abaixou-se logo à minha frente e passou a massagear os meus pés. — Ah, isso é tão bom...

— Deita que eu vou te ajudar — ele disse sorridente e eu não podia acreditar que aquele homem que estava mal-humorado no elevador era o mesmo que estava aqui agora. Às vezes até me parecia que eram duas pessoas bem distintas que trocavam de lugar. — Soube que você caminha demais pela PLC e acho que isso deve estar acabando com os seus pezinhos — Park falou baixo, concentrado na massagem. Eu ri alto. — O que foi? — Sorriu enquanto me olhava.

— Você falou de um jeito fofo.

— Não acha que está fazendo muito pela empresa? — Arqueou uma sobrancelha. — Eu posso interferir e pedir que o seu trabalho seja reduzido.

— Não, Jimin. Eu não quero — neguei com a cabeça para reforçar. — Prefiro manter o ritmo, está muito bom.

— É? — Ele riu. — Então eu fico feliz por você, amor.

— O que você estava falando com Romena quando cheguei? — Perguntei e o meu marido interrompeu a massagem no mesmo instante. — Era sobre tatuagens?

— Você ouviu? — Me olhou.

— Um pouco — dei de ombros. — Ela falava que não tinha problema em ter tatuagem e você disse que estava inseguro — recordei. — O que foi? Está pensando em fazer uma? — Ri desacreditada.

— É — Park sorriu minimamente. — É exatamente isso. Por quê?

— Você com tatuagem? — Franzi o cenho novamente e o loiro engoliu em seco. — Quando namorávamos, você disse que odiava isso.

Impostor | Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora