— O quê? Como isso aconteceu, mãe? — A encarei assustado. Ela não respondeu, apenas chorava. — Pai, o que de fato aconteceu?
— Seu irmão está na Inglaterra. Ele estava em alta velocidade e sofreu o acidente agora há pouco — disse devagar, com calma. — Conseguiram retirá-lo com vida, mas o estado é crítico e nós temos que estar preparados pra tudo.
— E quem ligou? Foi a esposa dele? — Perguntei.
— Não, foi um homem chamado Samuel — franziu o cenho. — Pelo que entendi, é o braço direito do Jisung.
— Precisamos ir até lá, filho — minha mãe puxou a minha camisa de novo. Seu rosto já estava levemente inchado de tanto que chorava. — Por favor, vamos até o Jisung.
— Nós não temos como pagar uma viagem pra lá — meu pai insistiu e eu suspirei. Vou fazer uma burrada, mas isso não importa agora. É por uma causa importante.
— Temos e vamos — falei firme. — Eu pago as nossas passagens.
— Filho, não prec...
— Claro que precisa — minha mãe cortou a fala do meu pai. — Vamos arrumar as malas agora mesmo. Rápido.
— Jimin, você tem certeza de que esse dinheiro não vai te fazer falta agora? — O mais velho perguntou assim que a minha mãe foi até o seu quarto.
— Eu vou trabalhar pra repor — mantive o tom de voz firme. — Está tudo bem.
— E que caixa é aquela? — Apontou. — Suas coisas estão dentro.
— Fui demitido — falei rápido e ele suspirou enquanto negava com a cabeça. — Mas eu vou conseguir arrumar um emprego de qualquer coisa, não se preocupe.
— Você não pode gastar o pouco que tem só pra ir ver o Jisung. Nós podemos obter todas as informações daqui mesmo.
— Pai, é o meu irmão. O seu filho — levantei-me e o encarei. — Sei que Jisung foi duro com todos nós, mas temos que mostrar apoio agora. Somos uma família e ele precisa da gente.
— Olha, Jimin, eu não sei se você é bom demais ou se é bobo — ele riu fraco e eu fiz o mesmo. Não sabia o que responder. — Tente conseguir um voo pra hoje. A viagem é muito longa e quanto mais cedo, melhor.
— Pode deixar.
[...]
— Park Jisung — falei com pressa, ansioso. Queria pelo menos ver o meu irmão de longe. Fazia tanto tempo que não nos víamos e eu confesso que até estava com saudades.
— Não temos registro de nenhum Park Jisung, senhor — a moça disse enquanto tinha o cenho franzido, confusa.
— Jisung Park? — Insisti.
— Não, senhor.
— Será que o Samuel deu o endereço errado? — Olhei para o meu pai e ele deu de ombros. — Liga pra ele.
— Não será necessário, senhor Jim... — o homem parou de falar assim que me viu de frente. Ergui uma sobrancelha, esperando que dissesse algo, e ele arregalou os olhos. — Céus! Vocês... Vocês são idênticos.
— Somos gêmeos — ri soprado. — Idênticos.
— Mas são muito iguais — disse assustado fazendo-me revirar os olhos. — Mesmo com a coloração do cabelo, o que na teoria difere bastante, vocês continuam muito idênticos.
— Cor de cabelo? — Minha mãe o encarou confusa. — Jisung não tem o cabelo castanho escuro como o Jimin?
— Jisung? Quem é Jisung? — Samuel riu sem vontade.
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Impostor | Park Jimin
Fanfiction「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Eu estava frustrada, infeliz. Nem nos meus piores pesadelos imaginava que passaria por um momento como esse. Fiz inúmeros planos que não se cumpriram ao longo de dois anos completos de casamento e o pontapé inicial para os p...