Não! Não!
Não posso magoar a (s/n) por causa dos meus sentimentos e interesses. Seria uma atitude egoísta e vergonhosa. Se eu tivesse coragem para contar a verdade pensando apenas em obter algum benefício com isso, certamente me sentiria um lixo pouco tempo depois. Não faz parte de mim e embora esteja desesperado para ter o amor pleno de (s/n), devo afastar tais vontades insanas e seguir sóbrio, sem culpas. E os meus próximos passos já estavam traçados: primeiro falaria com os meus pais, os avós da bebê, e depois enfrentaria o Jisung, agora de uma maneira totalmente diferente da que eu havia planejado. O meu desejo, no início, era ter uma conversa tranquila para que resolvêssemos os nossos problemas do passado, mas tudo havia mudado agora. Uma criança estava entre todos nós e o meu irmão precisará se posicionar sobre ela, além de contar a verdade para a esposa.
— Confesso que não acreditei quando me ligaram dizendo que estavam em Portland — falei assim que cumprimentei os meus pais com um abraço. — Aconteceu algo?
— Viemos pra te dar um apoio na inauguração das torres amanhã — a minha mãe explicou, sorridente. — Sabemos que será muito difícil pra você.
— É.
— Afinal, você estará fingindo ser o seu irmão pra uma grande quantidade de pessoas — o meu pai completou. — Vai ser complicado.
— Me deixou mais nervoso — ri fraco, vendo-o sorrir.
— Você consegue, Jimin — bateu em minhas costas enquanto caminhávamos lado a lado pelo aeroporto. — Como está a sua relação com (s/n)? Ela ainda te odeia?
— Está magoada — suspirei com pesar.
— Nada fora do normal — minha mãe disse.
— E eu sinceramente acho que o perdão vai demorar pra vir — encolhi os ombros. — A vida é assim. Nada vem fácil, principalmente quando você faz bobagem.
— Vai ficar tudo bem — recebi um abraço de lado da minha mãe. — Ela tem um coração maravilhoso e vai te perdoar mais rápido do que você imagina, filho.
— Espero.
— Fomos ver o Jisung em Londres — o meu pai contou e a repulsa foi instantânea. Vi uma foto da Ava há dois dias e depois disso senti uma raiva imensa do meu irmão porque sabendo como ele é, tenho certeza de que rejeitará a menininha fofa só porque foi gerada fora do matrimônio. — Fizemos as pazes — sorriu. Depois que (s/n) me falou sobre a participação dos meus pais na angústia de Jisung, eu fiz questão de conversar com os dois por chamada de vídeo para dizer o que aconteceu e pedir que fossem até o hospital para tentarem uma reconciliação com o filho. — Eu me desculpei pelos meus erros e ele também.
— Foi lindo — a mais velha sorria abertamente, feliz. — A nossa família está se unindo aos poucos, meu filho.
— Se eu fosse vocês, não comemoraria antes da hora.
— Por quê? — Meu pai questionou com o cenho franzido.
— Tenho uma notícia... — Tomei fôlego. Aquela era a hora. Eu não teria coragem de falar depois. — Difícil.
— O que é? — A minha mãe perguntou, falando alto. — Está ligada ao Jisung, não está?
— Totalmente.
— O que o seu irmão fez, Jimin? — A expressão de cansaço do meu pai era notável. — Não é possível que tenha feito algo pior do que já fez até aqui.
— Ele conseguiu, pai — paramos de caminhar quando chegamos no lado de fora do aeroporto. O motorista particular certamente já estava chegando com o carro, então eu ainda teria alguns minutos para contar. — Engravidou uma mulher na Inglaterra e a criança vai completar três meses de vida.
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Impostor | Park Jimin
Fanfic「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Eu estava frustrada, infeliz. Nem nos meus piores pesadelos imaginava que passaria por um momento como esse. Fiz inúmeros planos que não se cumpriram ao longo de dois anos completos de casamento e o pontapé inicial para os p...