Capítulo 24

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Pov Luna

Todos nós fomos na Mercedes da mamãe para o jogo, eu estava feliz, mamãe e mom no mesmo carro, a Taylor o Jan e a Maya.

Elas deixaram a gente na escola, a mamãe falou que tinha algo para resolver e já voltava. Eu obviamente sabia o que era.

Maya já foi andando na frente, eu corri um pouco e segurei a mão dela. Que sorriu com o gesto.

As arquibancadas estavam cheias de pais e de alunos.

Hoje era sábado, nem sei por que tantas pessoas vieram assistir, provavelmente pelo jogo masculino.

O time que jogaria contra a gente já estava na beira do campo. Meu corpo gelou, as meninas eram enormes e com cara de quem chuta forte pra caramba.

— Estou levemente assustada! Olha o tamanho dessas meninas! – Falei no ouvido da Maya.

— Luna, tamanho não quer dizer nada. Não vão fazer um gol em você! – Maya também respondeu no meu ouvido.

Fui para o vestiário me trocar. As meninas do time não me davam muita bola, elas realmente não confiam em mim.

— Você está pronta para isso querida! – Haley sentou do meu lado, enquanto eu amarrava minha chuteira.

— O nosso próprio time não confia em mim professora!

— Elas são acostumadas com a Jully, mas hoje é você, e você vai conseguir Luna!

Respirei fundo.

Saímos para o campo, as líderes de torcida estavam se apresentando. Sorri vendo a Maya e a Tay na mesma fileira.

Maya tá gostosa com essa roupa...

— Ei mocinha!

Olhei para a mamãe, ela me entregou uma caixinha de veludo. E piscou o olho para mim.

As meninas terminaram a apresentação, escondi a caixinha na minha luva, quando vi Maya vindo em minha direção. Ela me deu um selinho rápido e desejou boa sorte.

Coloquei minha garrafinha com água e a caixinha no pé da trave. Haley ainda veio fazer um aquecimento comigo.

A juíza autorizou o início da partida, e já vinha um ataque do time rival para mim. A menina chutou a bola quase do meio do gol, eu estava um pouco adianta, voltei rapidamente e consegui espalmar a bola para fora.

Sofri para conseguir fechar o gol o primeiro tempo inteiro.

Voltamos para o segundo, com o placar em zero a zero.

Novamente um ataque segurei firme a bola, fiz um lançamento com o pé para uma das atacantes. Ela dominou a bola, driblou a zagueira, ficou cara a cara com a goleira e marcou.

A torcida gritou, elas se amontoaram todas em um abraço para comemorar o gol.

Apenas uma das meninas da zaga, comemorou comigo.

— Boa Luna! – Ela fez um toque de mãos.

No finalzinho do jogo, marcamos mais um. Terminando de 2 a 0.

Peguei minha garrafinha e a caixinha no pé da trave.

As líderes de torcida invadiram o campo, vi Maya correr direto para meus braços. Girei Maya no ar com apenas uma mão.

— Eu disse que você é foda Luna Hidalgo!

Ela passou uma mão limpando o suor do meu rosto. Eu estava toda suada e pegajosa, e mesmo assim ela estava agarrada a mim.

Sra. Hidalgo 2° ReescritaOnde histórias criam vida. Descubra agora