House Of Wind

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Corte Noturna

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Corte Noturna

        Aquela havia sido a primeira noite que Azriel não tinha ido embora antes de amanhecer. Uma parte de mim tentava não pensar no que aquilo significava. E uma outra ficava grata por ele ter permanecido naquela noite, mesmo que nós dois tivessemos passado ela acordados, somente nos olhando naquele escuro. Como se um mundo de palavras não ditas estivesse pairando entre nós. Implorando pra sair.

            Quando amanheceu e Az estava prestes a ir embora, eu o segurei pelo braço. As palavras quase saltaram pela minha boca ali, naquele momento, quando ele me olhou daquela forma tão intensa. Quase como se ele esperasse que eu as dissesse. Mas então me peguei pedindo para que ele me levasse até Feyre. E fingi não ver a decepção em seu olhar.

               Agora, estava em uma parte da Corte Noturna que não conhecia. Em uma Palácio lindo construído em uma montanha. Feyre sorriu pra mim quando chegamos, uma mão pousada sobre a barriga.

-Estou feliz que veio. Só assim para me distrair desse lugar horrível. - ela disse e eu franzi o cenho, mas não ousei perguntar o porque ela não gostava de estar ali. -Rhys está na sala de reuniões.- disse Feyre para Azriel, o rosto ficando tenso. -Conversando com...

            Ela nem teve a chance de finalizar sua frase quando vozes preencheram a sala onde estavamos. Azriel ficou rígido ao meu lado, as sombras cobrindo suas asas como se até mesmo elas temessem a fúria que se instalou em seu rosto. Eu entendi o porque um segundo depois, quando o grão feérico de cabelos ruivos emergiu, acompanhado de Rhysand. O Grão Senhor da Corte Outonal. Eris Vanserra.

              Ele me olhou de cima a baixo, um sorriso puramente malicioso cobrindo os lábios. Eu cruzei os braços e arqueei a sobrancelha.

               Eu sentia um fogo queimar dentro de mim toda vez que esse macho me lançava aqueles olhares. Eu sabia o que era: uma vontade imensa de voar em seu pescoço e arrancar seus olhos por me olhar dessa forma. Já havia matado homens por menos.

-É um prazer reve-la, Aisha Harris. - ele disse e eu devolvi a ele meu melhor sorriso de escárnio. Ele sabia meu nome; de alguma forma, Eris sabia meu nome.

-Não posso dizer o mesmo, eu temo.- respondi e Eris deu risada.

-Você ainda vai implorar por mim, minha bela dama mortal.- ele disse e eu podia praticamente sentir a força que Azriel estava fazendo para não avançar em Eris.

Não entre nos jogos dele. Não vai ter fim nunca. Disse a voz de Feyre na minha mente. Mas era inevitável fazer isso, evitar esses jogos mentais. Inevitável quando passei anos da minha vida me abastecendo deles.

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