"O som da sua voz sacudiu meu mundo inteiro"
Aisha Harris nunca foi uma pessoa que se encaixava entre os outros como ela. Nunca se sentiu verdadeiramente aceita, principalmente pela própria família.
Quando foi mandada para o outro lado do continente...
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Corte Noturna Velaris
Pra minha surpresa, quem foi me buscar para me levar até a Corte Noturna, havia sido Mor. Olhei meio confusa e ela me deu um sorrisinho.
-Az tinha coisas pra lidar.- ela disse e eu assenti, segurando a mão estendida dela, sem fazer mais perguntas.
Mor nos atravessou até Velaris e depois caminhamos até a casa de Rhysand e Feyre. Ela falava animadamente sobre o bebê, Nyx, e era óbvio a felicidade que aquela criança já trazia a todos.
Quando chegamos na casa, Feyre e Elain estavam na sala. Mor deu um sorriso para as duas, deixou um beijo na cabeça de Nyx, e desapareceu novamente.
-Vem logo aqui!- disse Feyre me olhando e seus olhos brilhavam. Eu sorri e me aproximei.
O filho de Feyre era simplesmente adorável. Estava dormindo tranquilamente no colo da mãe, alheio a qualquer outra coisa.
E ali, olhando para aquele anjinho, conseguia entender perfeitamente o porque Feyre mudou de ideia sobre ter filhos. Fazia qualquer pessoa desejar ter um momento daqueles.
-Quer segura-lo?- ela perguntou tirando os olhos do filho para me olhar.
-Ah, não, não tenho jeito pra isso, Feyre.- eu disse, mas ela já estava deixando o bebê no meu colo. Meu corpo todo ficou tenso quando ela deixou aquele pacotinho nos meus braços.
-Para de besteira!- ela disse revirando os olhos.
E, deuses, segurar aquele serzinho tão puro, tão inocente... Senti meu coração se encher de uma coisa boa e me peguei sorrindo para aquele bebê que dormia tranquilamente.
A porta da sala se abriu e nós nos viramos pra ver quem havia entrado. Era Alynia.
Ela se aproximou e deu um sorriso pra mim, um sorriso que fez meu sangue gelar e minhas pernas tremerem, por algum motivo.
-Aisha, entregue Nyx pra Feyre, por favor.- ela disse, o sorriso ficando mais sombrio. Eu entreguei o bebê para Feyre e franzi o cenho para Alynia.
Eu nem tive tempo de falar nada antes dela me puxar pela gola da camiseta e me jogar contra a parede.
Escutei Feyre e Elain arfarem de choque e, deuses, Alynia estava puta. Muito, muito puta. O rosto dela estava próximo ao meus, as mãos fechadas em punhos na minha camiseta.
-Você é uma desgraçada. - ela grunhiu com ódio. -Sua maldita mentirosa, ardilosa e manipuladora!
Ai merda. Será que ela tinha descoberto? Deuses, não. Eu estava morta.
