02. A HUMANIDADE PRECISA EVOLUIR

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Ser um mutante é muitas vezes ser comparado ao próprio diabo

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Ser um mutante é muitas vezes ser comparado ao próprio diabo. Ser um mutante é duvidar da existência de Deus. Ser um mutante é carregar o fardo de saber que pode fazer muitas pessoas sofrerem. E por isso, acabar sofrendo demasiadamente.

Helena caminhou pelos corredores da Torre dos Vingadores ao lado de Steve e Maria Hill.

- Ele é rápido, ela é estranha. - Hill concluiu diante a eminente confusão de Steve.

- Eles se voluntariaram para os experimentos?- Helena perguntou surpresa.

- Sim, que doideira não é?- Maria disse.- quem em sã consciência faria isso?

- Que monstro deixaria um cientista alemão fazer experimentos em você em prol do seu país?- Steve perguntou com uma pitada de ironia.

- Não é o seu caso, querido Steve.- Helena afirmou.

- Não estamos em guerra Capitão.- Maria disse.

- Eles estão.- Steve comentou.

As portas do elevador se fecharam e as duas mulheres olharam uma para outra sem dizer nada.

- Planos pra hoje?- Maria perguntou.

- Além de observar Stark e Benner no laboratório?- Helena perguntou.

- Você devia sair mais - Maria aconselhou.- passa muito tempo dentro dessa torre.

- Eu voltou as aulas segundas, então...- Helena sorriu.

- Você me entendeu. - Maria negou com a cabeça.

Helena apenas sorriu do que a mulher disse e tomou o rumo do laboratório de Bruce. Ela estava louca pra por os olhos no cetro de Loki e examina-lo mais de perto.

Se lembrava de todo o caos que o deus da trapaça havia infligido a Nova Iorque há dois anos atrás. Ela podia até não gostar de Loki mas tinha que admitir que ele quase tinha conseguido o que tanto quis.

- Quais os planos pra essa belezinha aqui?- Helena perguntou passando a mão sobre o cabo do cetro.

- Primeiro: tira a sua mãozinha daí.- Tony disse empurrando a mão de Helena pra longe do cetro.

- Ah qual é, Stark?- Helena reclamou.- quer mesmo que eu acredite que isso vai ficar aqui e você não vai fazer nada?

- Temos planos pra ele, mas nada que envolva você saber.- Tony disse.

Helena bufou irritada e se sentou em uma das cadeiras do laboratório enquanto prestava atenção na conversas dos dois homens sobre uma coisa que ela claramente não sabia do que se tratar.

- O que é Ultron?- Helena perguntou.

- Você ainda tá aqui?- Stark reclamou.

- Afinal o que é esse Ultron que vocês dois tanto falam?- Helena insistiu.

- Ela não vai deixar a gente em paz não é?- Tony perguntou a Bruce.

- Não mesmo.- o homem sorriu negando com a cabeça.

Bruce gostava de Helena, admirava o senso de coletividade dela, sempre disposta a tomar um tiro por qualquer um deles. Mas o que mais gostava em Helena era sua curiosidade aguçada, a garota era uma cientista nata e nem precisava se esforçar pra isso.

- Ultron é a mais nova força de defesa da Terra.- Tony contou.

- Defesa do que?- Helena perguntou curiosa.

- Do que está lá em cima. Do que não podemos ver.- Tony explicou.

- E como isso vai funcionar?- Helena insistiu.

- Uma armadura em volta do mundo.- Tony disse.

- Parece um mundo frio demais, Stark- Helena disse pensativa.- está mexendo com I.A?

- Eu prefiro chamar de matriz de aprimoramento.- Tony explicou.

- Ainda é I.A - Helena confirmou.- porque você acha que precisamos disso?

- Você não esteve lá em cima, Helena, não viu o que eu vi - Tony disse.- as pessoas precisa de proteção.

- As pessoas não precisam de proteção, Tony - Helena explicou.- a Terra precisa de alguém que a proteja das pessoas. A humanidade precisa evoluir.

- Ultron está aqui pra isso - Tony insistiu. - imagine poder continuar com a sua faculdade sem medo de que um deus de outro mundo invada o planeta e você tenha que deixar tudo pra trás outras vez. Imagine ser alguém normal.

- E você acha que uma I.A vai poder fazer isso por nós?- Helena negou com a cabeça.- tudo bem, vá em frente.

- Espera aí, você acabou de concordar com o Tony?- Bruce perguntou surpreso.

Ela apenas sorriu e saiu da sala deixando os dois sozinhos. Nos dias que se passaram ela assistiu Tony e Bruce embarcarem no projeto Ultron de cabeça, ela sentia que aquilo podia dar errado, ela só não estava preparada pra a forma como aquilo aconteceria.

O jogo havia começado. Os dados foram jogados. E que a sorte esteja com você.

COLLIDE        pietro maximoff Onde histórias criam vida. Descubra agora