COLLIDE pietro maximoff

05. BONITA DE BOCA FACHADA

A teoria do caos diz que o bater de asas de uma borboleta aqui pode gerar um vendaval do outro lado do mundo. Helena entendia bem sobre as leis da física e as leis de Murphy, mas nenhum desses conhecimentos a preparou para aquele momento.

Saber que ajudou a criar uma coisa que poderia dar fim a raça humana era um peso cruel demais para ela carregar.

- Stark é uma doença.- Helena foi trazida a realidade com a frase de Ultron.

- Ah Júnior, assim você vai partir o coração do papai.- Tony debochou.

Helena rolou os olhos. Tony realmente não sabia levar as coisas a sério.

- Talvez eu faça isso.- Ultron garantiu.

- Você pode até tentar. - Helena garantiu se posicionando.

- Ou talvez eu faça isso com você.- Ultron olhou nos olhos da garota.

- Ninguém tem que partir nada.- Thor disse.

- Você nunca deve ter feito um omelete.- Ultron ironizou.

- Eu estava pensando na mesma coisa.- Tony sorriu.

Os gêmeos Maximoff apareceram para a surpresa de Helena. Claro que eles estaria ali, eles tinha coisas em comum com Ultron.

- Está confortável senhor Stark?- o gêmeo que Helena sabia se chamar Pietro disse com seu sotaque forte.

- Isso nunca foi a minha vida.- Tony se defendeu.

- Você ainda podem sair disso.- Steve ofereceu.

- Ah nós vamos.- a gêmea, Wanda, disse.

- Ou vocês pode ficar e serem destruídos com Ultron - Helena comentou.- sinceramente, eu não me importo.

- Pelo menos você não nega o que é. Deve ser horrível ter todo esse poder e ter que fingir ser boa. Ou se é poderoso ou bom, as duas coisas são impossíveis, senhorita Gordon.- Ultron disse e Helena o encarou com raiva.

- Quem você pensa que é?- Helena deu um passo a frente para enfrentar o robô.

- Não se engane, Helena, não finja ser o que não é - Ultron avisou.- eu vi os arquivos. Se eu sou um assassino, o que você é?

- O que você quer com o Vibranium?- Tony interrompeu antes que Helena fizesse alguma coisa.

- Que bom que perguntou. Eu queria mesmo esse tempo pra explicar meu plano maléfico.- Ultron debochou.

O robô puxou Tony em direção e o arremessou para longe. O caos se estalou no local, Helena foi pra cima do robô com toda a raiva que tinha em si. Acertou algumas rajadas de energia no mesmo, mas logo um tiroteio começo e ela se viu na obrigação de ajudar Natasha que era um dos alvos.

- É tão comovente como você tenta proteger todos - Ultron disse.- vamos ver por quanto tempo você consegue isso.

Helena derrubou alguns dos atiradores enquanto tentava abrir caminho de volta até onde Ultron estava.

Com uma explosão de energia roxa derrubou uma dezena de atiradores no chão. Ela correu para tentar subir a escada novamente, mas foi impedida pela gêmeo Maximoff que a empurrou com força contra a parede.

Helena usou seus poderes para se livrar dele.

- A garota tentou invadir minha mente, tomem cuidado - Thor avisou.- duvido que um humano consiga.

Helena parou quando viu a garota Maximoff diante de si.

- Cansei dos seus joguinhos, bruxinha- Helena disse.- eu ouvi dizer que você...

Helena arregalou os olhos quando foi impedida de falar pela boca do gêmeo Maximoff se chocando contra a dela em um selinho.

- Você é bonita de boca fechada, docinho.- Pietro disse assim que se afastou deixando Helena estática.

Isso não durou muito pois a Maximoff se aproximou dela com suas ondas vermelhas.

Helena abriu os olhos. Não estava mais no navio dos contrabandistas, passou os olhos rapidamente pelo local tentando entender o que estava acontecendo.

Ela viu algumas pessoas desconhecidas por ela. Tony estava entre elas e Helena se sentiu um pouco mais segura quando viu o homem. Não que Stark estivesse parecendo bem, longe disso.

Mas ver um rosto familiar era melhor que nada.

De repente as coisas ficaram estranhas. As pessoas desconhecidas começaram a sumir no ar como areia em um furacão. Helena encarou aquilo com os olhos arregalados surpesa.

A visão mudou, Helena agora tinha a visão de uma floresta em algum lugar que ela também não conhecia. Dessa vez haviam mais rostos conhecidos.

Steve, Natasha, Rhodes, Sam, Bruce e até mesmo os gêmeos Maximoff. Mas então a mesma coisa que aconteceram aos desconhecidos de antes começou a acontecer com seus amigos.

Primeiro Sam, logo depois um homem com um braço de metal que Helena sabia ser o famoso Soldado Invernal. Em seguida Wanda, que tinha os olhos cheios de lágrimas e uma expressão de dor que comoveu até mesmo Helena.

Mas nada daquilo se comprava a dor que Helena sentiu logo em seguida. Quando seus olhos se encontraram com os de Pietro.

Ela não entendia porque mas quando ela viu o garoto desaparecer no ar não consegui conter o grito de dor e tristeza que saiu de sua garganta.

Era como se alguém tivesse arrancado seu coração sem anestesia ou qualquer aviso. Quando Helena finalmente se calou não sentia mais nada, não havia dor ou tristeza. Havia apenas vazio.

Uma sensação de vazio que aos poucos invadia cada célula de seu corpo, cada gota de sua corrente sanguínea até chegar em seu coração.