04. É SEU DEVER SER A MELHOR DE NÓS

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MORAG, 2014

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MORAG, 2014

Helena sempre acreditou que depois que visse a cabeça de Thanos sob seus pés, tendo ela sido a total e única responsável por isso, iria acabar sua solidão. Mas não. Aquele foi apenas o pontapé inicial para uma tristeza que em alguns dias consumia sua alma a impedido de sequer raciocinar.

Eram nesses dias que ela ligava para Natasha. A ruiva sempre soube o que fazer nos dias em que a tristeza tomava conta da alma de Helena e a consumia, aos poucos a levando para o mais profundo dos oceanos de trevas.

Natasha foi um dos pontos fortes de Helena nos últimos cinco anos, a melhor amiga que ela podia querer. Então, Helena não pensou duas vezes quando aceitou embarcar na missão ao lado da amiga.

- Gente, vamos tá? Temos hora.- Natasha relembrou assim que pousaram no planeta.

Estavam junto de Rhodes e Nebulosa. De lá, as duas amigas iriam para Vormir em busca da jóia da Alma.

- Ajuda muito.- Rhodes ironizou.

- Tomem cuidado, ok?- Helena pediu.

- Peguem a jóia e voltem - Rhodes disse.- sem brincadeira.

- Sabe que eu tenho duas filhas pequenas pra cuidar não é?- Helena perguntou.

- Mas ainda é a Helena.- Natasha entrou na brincadeira.

Helena fez careta e as duas se despediram de Rhodes e Nebulosa.

- Vai ser uma excelente história pra contar a Adda e Faith. - Natasha comentou.

- Quando resolvermos isso você vai passar pelo menos um fim de semana lá em casa.- Helena exigiu.

- Com certeza eu vou.- a ruiva sorriu.

As coordenas foram ajustadas e as duas embarcaram rumo ao planeta.

VORMIR

Helena teve que abrir um portal no planeta para chegarem ao topo da montanha. Chegaram a uma espécie de templo ou fortaleza.

- Não me lembro do Rocket falando nada sobre montanha.- Helena reclamou.

- O que? Está enferrujada?- Nat brincou.

- Eu vou te mostrar a ferrujem, sua água de salsicha.- Helena deu um leve soco no braço da amiga.

As duas caminharam pelo lugar atentas a qualquer movimento estranho. Aquilo as fazia lembrarem de quando trabalhavam juntas em missões para os Vingadores, era incrível como mesmo após anos elas ainda eram extremamente habilidosas juntas.

- Bem-vindas - uma figura estranha e sombria surgiu deixando as duas em alerta.- Natasha, filha de Ivan e Helena, filha de Thanos.

- Por favor não me lembre disso.- ela resmungou.

- Quem é você?- Natasha perguntou.

- Considero-me um guia, para vocês e para todos que buscam a joia da alma.- ele explicou.

- Ótimo, nos diga onde ela esnós vamos embora.- Helena disse.

- Se fosse tão fácil assim.- ele disse.

A figura sombria guiou as duas mulheres para a beirada do penhasco.

- O que vocês buscam está a sua frente- ele disse.- assim como o que mais temem.

Nat e Helena se entreolharam e olharam para baixo.

- A joia está lá.- Nat concluiu.

- Então é só abrir um portal e pegar.- Helena deu de ombros.

- Para uma de vocês - o homem disse.- para obter aquilo que querem, precisam perder algo que amam, uma troca eterna.

Helena gelou.

- Só pode ser brincadeira.- Nat resmungou.

- Não, você sabe que não. Thanos saiu daqui com a jóia, mas sem a Gamora - Helena explicou.- uma alma pela alma.

As duas mulheres trocaram olhares de pavor. Elas haviam entendido o que deveria acontecer dali em diante, só não estavam prontas para tomar essa decisão.

- Custe o que custar - Natasha disse.- sem essa jóia bilhões de pessoas não voltaram.

- Precisamos dela - Helena deu um passo a frente.- acho que sabemos quem deve ir.

- É - Nat se assuntou quando Helena começou a caminhar. - Não! Você não. Pense mas gêmeas e no Pietro.

Natasha segurou Helena pelo pulso.

- É só neles que eu estou pensando - Helena garantiu.- bilhões de famílias foram desfeitas por uma coisa que Thanos fez. Essa é minha responsabilidade.

- Não posso deixar que faça isso.- Natasha a encarou.

- Não é uma escolha sua.- Helena garantiu.

Com um puxão, Helena se livrou do aperto de Natasha e correu para a beira do penhasco. Antes que atingisse o final, foi surpreendida por uma onda de choque atravessando seu corpo. Ela caiu.

- É pro seu próprio bem.- Natasha afirmou

Helena conseguiu retirar os ferros da Viúva Negra e lança-los no chão. Ela usou seus poderes para parar Natasha e joga-la para longe do penhasco.

As duas começaram a lutar para ver quem iria se sacrificar. Ambas com o medo da morte uma da outra. Ambas com um só objetivo.

- Por favor, Helena - Natasha pediu.- nós duas fomos pessoas horríveis a vida inteira. Me deixa fazer isso, me deixar tentar me redimir.

- Isso não é remissão, Natasha - Helena sentiu as lágrimas banharem seu rosto.- não negociamos vidas, lembra?

- Me desculpe - ela pediu.- diga as garotas que eu amo elas.

Natasha socou o rosto de Helena com força fazendo e a empurrou para longe. A ruiva correu na direção do penhasco e não pensou duas vezes em pular. Porém, Helena foi mais rápido e a segurou com seus poderes.

- Eu imploro - Helena deixou as lágrimas caírem de uma vez.- por favor, Natasha. Você é minha amiga, você é minha irmã. Eu não quero ter ninguém de volta a troco da sua vida. Nós podemos dar um jeito. Eu quero as pessoas de volta, eu quero o Pietro de volta. Mas nada disso vai me deixar em paz sabendo que eu te perdir. Eu não poderia, não aguentaria acordar todos os dias sabendo que te deixei morrer.

Natasha sorriu. Um sorriso leve, um sorriso de alguém que estava em paz com sua decisão.

- Você sempre foi tão boa - ela disse olhando nos olhos azuis de Helena.- é seu dever ser a melhor de nós. Eu estou em paz. É tudo por você, sempre foi....

Natasha encarou a garota e sorriu fechando os olhos.

- Me perdoa.- ela disse e uma última vez usou os ferrões da Viúva para acertar Helena a jogando longe.

Helena não teve tempo de impedir, não conseguiu segura-la, não conseguiu dizer e nem fazer nada. Natasha caiu e ela apenas assistiu imponente.

Ela gritou. Chorou. Mas nada podia ser feito. Natasha estava morta e Helena levaria a imagem da amiga morta para sempre em sua mente.

E mais uma vez, ela havia perdido alguém que amava. Ela só queria que tudo isso acabasse, ela só queria paz, só queria não ter que perder mais ninguém nessa guerra sem final.

COLLIDE        pietro maximoff Onde histórias criam vida. Descubra agora