08. VERGONHA

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No dia do tal jantar, Amelia parece ainda mais determinada a fazer tudo dar certo, então não sai de cima de Henry enquanto ele cozinha com Matilda

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No dia do tal jantar, Amelia parece ainda mais determinada a fazer tudo dar certo, então não sai de cima de Henry enquanto ele cozinha com Matilda. A capitã Feng fica o tempo todo conferindo a louça que será usada e os pratos que serão servidos, quase como se estivesse organizando um jantar extremamente importante para os acionistas do conglomerado de seus avós e não para nossas vizinhas.

Por isso, a fim de que não sobre nada para mim, fico a maior parte do dia fora da sua vista, ouvindo música em meu quarto e ignorando as mensagens de Samantha me perguntando se estou bem.

Não é necessariamente de propósito, é mais porque eu não sei o que falar. Tenho quase certeza de que vai ser pior não falar nada e deixar para quando ela aparecer para o jantar, mas acho que prefiro enfrentar seus questionamentos uma única vez. Como não posso evitar o jantar com o convite já feito, ignoro suas mensagens e concentro-me em imaginar possíveis diálogos entre nós quando nos vermos.

Que explicações posso dar sem falar a verdade?

"A bebida me fez mal ao ponto de chorar".

"Meu cachorro faleceu recentemente e eu ainda não superei isso".

"Estou preocupado com meu irmão mais velho no exército, porque ele é um baixinho marica".

A última desculpa nem seria totalmente mentira. De vez em quando, eu me preocupo com Tobias, mas não que vá admitir isso para ele algum dia.

De repente, o meu celular toca e interrompe o meu fluxo de pensamentos. Não fico mais paralisado de imediato, porque uma das primeiras coisas que fiz ontem foi mudar o maldito toque, mas fico agitado quando vejo o nome de Leonard no visor e me apresso em atender antes do fim do primeiro verso do toque novo.

"O Benjamin... ?" É a primeira coisa que pergunto ao atender, pulando todas as formalidades de cumprimentos.

"Ele acordou", consigo sentir a emoção na voz de Leo ao dar a notícia, porque é a mesma que me domina. Meu coração se enche de esperança e me pego tendo que respirar fundo enquanto assimilo a novidade. Há, mais uma vez, inconvenientes lágrimas em meus olhos, mas também estou sorrindo. Estive esperando por essas palavras ao longo de dias extremamente torturantes. "Ele está atordoado e ainda não falou quase nada. Os médicos querem ir com calma e fazer alguns exames antes de a polícia se envolver atrás de um depoimento. Eu acho que ele não se lembra do acidente, mas são formalidades... A mídia ainda não sabe que ele acordou e acho que vão tentar manter segredo até que ele esteja completamente bem".

"É melhor assim", respondo. Estou feliz por meu amigo estar vivo, mas não consigo evitar a volta da preocupação quando me dou conta de que não parece haver uma boa nova sobre o seu irmão, já que ele não foi mencionado. "E quanto ao John, Leo?".

Há um suspiro um tanto dramático na outra ponta da linha antes de Leonard responder, o que corrobora que ele, realmente, não tem notícias boas sobre o herdeiro do condado Baco:

SOBRE UM LORDE E SEU PRIMEIRO AMOR [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora