15. EM MEMÓRIA DE JOHN HENDRICK

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Não consigo parar de pensar na possibilidade de não haver mais Lucas e Henry vivendo na casa ao lado agora que sei que eles estão prestes a ir para Emmaline

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Não consigo parar de pensar na possibilidade de não haver mais Lucas e Henry vivendo na casa ao lado agora que sei que eles estão prestes a ir para Emmaline. Mesmo sabendo que seria temporário, não esperava vê-los partir cedo e de forma tão abrupta, o que me atinge muito mais do que deveria e me faz querer rir de mim mesma por ter achado que conseguiria me autopreservar ficando longe, quando me envolvi com eles assim que os vi chegar.

"Que patético, Hermione", ralho comigo mesma.

Estou exatamente no lugar que quis tanto evitar estar: o de única magoada da história toda.

Quando chego em casa após a visita, isolo-me imediatamente em meu quarto e fico buscando tarefas para ocupar minha mente, mas sem efeito. Saio do quarto somente para almoçar com Lucy e depois para um lanche, que é quando encontro Samantha pela primeira vez depois de nossa conversa nada amigável.

Diferente do habitual, minha irmã não está vestida para matar, mas para correr. Usa roupas de ginástica e está suada o suficiente para que eu deduza que já se exercitou.

Ela e eu nos entreolhamos, estudando uma a outra em busca de quem vai ceder, mas depois desviamos o olhar. Vou mancando até a geladeira para pegar água e ela se senta em um dos bancos do balcão com um refrigerante e um pão melado de geleia de pimenta.

"Aconteceu alguma coisa", a voz de Lucy rompe o silêncio repleto de tensão entre nós. Ela acaba de chegar na cozinha com Malfoy nos braços e nos observa com a atenção de uma avó prestes a nos dar uma bronca. "Não quero saber o que é, mas seria bom se fizessem as pazes", ela caminha até estar entre nós duas, que nos entreolhamos em lados opostos do balcão. "Sabem mais do que ninguém que o senhor Osborne detesta quando brigam, e eu também. Temos que concordar que essa casa já tem sua cota de tensão no limite".

Ela tem razão, mas estou decidida a não ser a pessoa que vai ceder, como sempre acontece.

Olho para Samantha, mas ela está ocupada demais comendo o seu pão e olhando para qualquer direção que não seja eu. Tudo nela indica que está esperando que eu ceda, como sempre.

"Por que tenho que pedir desculpas para alguém que me trata como se eu fosse o depósito dos corações que ela parte?" Pergunto, irritada.

Samantha enfim me olha: "por que eu tenho que me desculpar com alguém que fica falando mal de mim para a pessoa de quem gosto?".

"Não é como se ela não soubesse com quem está lidando", resmungo.

"Exatamente", Samantha diz, ácida. "Mesmo sabendo que não sou tão confiável, a Karen ainda confiou em mim e eu sei que isso demonstra muito. Não sou uma completa sem noção, ao contrário do que pensa. Portanto, gostaria que parasse de falar com a minha namorada como se ela devesse tomar cuidado a meu respeito o tempo todo".

"Namorada?" Não consigo prestar atenção em qualquer outra coisa, além disso.

"É", Samantha rebate, ainda em tom irritado. "A primeira coisa que fiz quando saímos ontem foi pedi-la em namoro oficialmente, já que fiquei com medo de você ter bagunçado a cabeça dela".

SOBRE UM LORDE E SEU PRIMEIRO AMOR [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora