21. A VOLTA DOS DURKHEIM

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Depois da viagem com Sam para Emmaline, os planos relacionados ao futuro que montei em meu momento de euforia, ao invés de se diluírem como os que tive nos últimos cinco anos, ganham força e criam raízes

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Depois da viagem com Sam para Emmaline, os planos relacionados ao futuro que montei em meu momento de euforia, ao invés de se diluírem como os que tive nos últimos cinco anos, ganham força e criam raízes. Por isso, cinco dias depois da viagem, quando tenho certeza absoluta do que quero, acordo mais cedo do que o habitual e me junto a papai e Lucy para o café-da-manhã e uma conversa séria.

"Sobre o que você quer conversar?" Simon pergunta, logo depois de eu questioná-lo se ele tem tempo para isso.

Sentada ao seu lado no balcão, admito que minha confiança vacila um pouco. Sei que tem pontos no meu plano que não vão agradá-lo, por mais satisfeito que fique com o fato de que, pelo menos, cogito a faculdade.

Por isso, mordo o pão em minha mão, tomo um gole de café, respiro fundo e só então despejo tudo o que venho pensando em cima dele:

"Preciso avisá-lo de que tomei algumas decisões quanto ao meu futuro e que pretendo finalizar os anos sabáticos que compreensivelmente me deu, mas que alguns dos meus planos para o próximo ano podem não agradá-lo. Primeiro, por favor, não me interrompa antes que eu termine de falar. Segundo, depois da viagem com a Sam para Emmaline, estou pensando em voltar a jogar Mundo Onírico profissionalmente, se for aceita de volta na equipe, e pretendo participar do campeonato do ano que vem e dos que vierem depois. No entanto, sei que a ideia de o meu futuro ser somente esse não o agrada e acho que também não me agrada por completo, então vou fazer o vestibular no final do ano. Quero cursar design de jogos, provavelmente em Dominique".

Acho que o meu discurso o pega completamente desprevenido, porque deixo Simon sem palavras por quase um minuto completo, onde o único barulho vem de Lucy, a qual também escutou tudo por tabela enquanto lavava louça:

"Por que precisa ser em Dominique?" Ela pergunta.

"É... Por que em Dominique?" Papai ecoa.

Eu dou de ombros. Foi a mesma questão levantada por Samantha, o que me faz perguntar porque eles se impressionam tanto com a ideia de Dominique.

"As melhores faculdades ficam lá, bem como a sede da 1XM, a empresa de desenvolvimento do Mundo Onírico", e também a Amelia, o Henry e o Lucas.

"Mas como você pretende se virar por lá, Hermione?" Agora que superou a fase estabanada que lhe causei, papai assume a pose patriarcal que convém à situação. "Não conhecemos ninguém em Dominique e você...", ele não fala, mas lança um olhar para minhas pernas que fala por si só. "Você sabe, eu não vou ficar tranquilo se for pra longe sozinha".

"Por que eu não ando como a maioria das pessoas?" Questiono, amarga.

Se ele soubesse que esse é o único motivo que me faz deixar a ideia de Dominique no campo do talvez... Não é como se eu também não sentisse medo. Desde o acidente, nunca fiquei sozinha. Sempre tive meus pais ou Sam por perto, o que possivelmente é a razão para que eu tenha demorado tanto a aceitar que precisava de planos para meu futuro. Planos que não os envolvessem.

SOBRE UM LORDE E SEU PRIMEIRO AMOR [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora