[Este é o quinto livro sobre a realeza de Orion, mas pode ser lido e entendido separadamente dos quatro volumes anteriores]
Uma organização antimonárquica surge em Orion e faz com que alguns dos membros da realeza oriana tenham de se esconder e vive...
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Apesar das palavras de encorajamento ditas por Hermione, o nervosismo nos acompanha até o prédio onde moro quando em Dominique.
Ela até tenta nos distrair me contando tudo o que aquele Kennedy de cabelo de gema de ovo disse quando a abordou, mas mal presto atenção. Concentro-me na estrada, no ato de dirigir, e depois nas burocracias para entrar no prédio e seguir até o estacionamento com o veículo dos guardas logo atrás.
Paro o carro, que é de Tobias, na vaga ao lado da Lola.
"Então essa é a sua famosa amante?" Hermione observa a moto que, por eu ter saído com ela ontem, não está coberta com a lona protetora. "Devo admitir que é bonita. Estou preocupada".
"Não se preocupe", destravo as portas e tiro o meu cinto de segurança. "Você ainda é a minha número um".
"Acho que posso me confortar com isso".
Saio do carro para dar a volta e ajudar Nina a descer. Apesar do bom humor e da leveza com a qual ela está tentando levar a situação, porque estou nervoso demais para nós dois, sei que ela tem a sua própria cota de preocupação com o que vai acontecer. Por isso, assim que ela está fora do veículo e com suas muletas, eu a abraço.
"Quero mesmo acreditar que nada do que acontecer hoje vai mudar como você se sente, mas, se mudar, quero que saiba que eu entendo".
"Pare com isso, Lucas", ela me reprime, mas não faz menção de se afastar do abraço. "Eu não sou tão influenciável assim, mas, se te acalmar, prometo tentar me concentrar só nas partes boas. Quero conhecer a sua mãe e o seu irmão mais velho. Se as coisas ficarem tão ruins quanto você acha que ficarão, vou embora e pronto. Não precisamos prolongar a parte ruim".
"Eles também estão curiosos a seu respeito", aviso.
Agora Hermione se afasta, mas apenas o suficiente para ela me olhar nos olhos, meio pega de surpresa.
"Você falou para eles sobre mim?".
"É claro que sim. Eu te disse que falaria. A minha mãe não iria gostar se eu trouxesse uma visita de surpresa".
"Ah", ela está com cara de quem, de repente, está com dor de barriga. "E o que você falou sobre mim?".
"Apenas coisas boas, então não precisa se encasquetar justo com isso", seguro o seu rosto pequeno entre as mãos, ficando bastante tentado a lhe dar um beijo de boa sorte. "Não é com a minha mãe e com o David que eu me preocupo".
"É com o seu pai", não se trata de uma pergunta.
"Sim, é com o meu pai", ainda assim, respondo. Só com essa simples menção, o clima para beijo se esvai e eu tiro minhas mãos de seu rosto. "Vamos?" Tento sorrir. "Eles devem estar nos esperando".