32. DOMINIQUE

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A segunda-feira chega trazendo consigo várias borboletas batendo suas asas em meu estômago, como um princípio de ansiedade - mas não aquela má, que nos paralisa, e sim aquela que nos faz ansiar por algo

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A segunda-feira chega trazendo consigo várias borboletas batendo suas asas em meu estômago, como um princípio de ansiedade - mas não aquela má, que nos paralisa, e sim aquela que nos faz ansiar por algo. No meu caso, a viagem de três dias rumo à Dominique com Henry, Mia e Lucas, é claro.

"Tome muito cuidado, Nina", papai faz questão de repetir tal aviso pela milionésima vez, após me acompanhar até o carro dos Durkheim estacionado na frente da nossa casa.

"Eu vou ficar bem, pai. Pode dar esse voto de confiança para mim, por favor?".

Simon está estampando o semblante de preocupação que se tornou típico desde que lhe pedi permissão para viajar, porém assente. A visível contragosto, mas assente.

"Está bem. Boa viagem".

"Obrigada".

"Esta é sua bagagem, Nina?" Henry, que estava ocupado enfiando bolsas no porta-malas, aproxima-se de nós dois, indicando a mala que papai empurrou até aqui para mim.

"É sim. Acha que é muito?".

"Acho que você e eu, felizmente, temos juízo", Henry diz, pegando a mala. "A Mia é até compreensível ter tantas malas, já que ficou aqui durante pouco mais de uma semana, mas o Lucas vai à Dominique por três dias e está levando duas malas, uma mochila e uma frasqueira. O vaidoso ainda diz que é só um essencial".

"Falando mal de mim pelas costas, Henry?" O dito-cujo surge, vestido como se estivesse indo para uma passarela. Usa uma camisa branca de botões com estampas pretas e amarelas, além de jeans preto justo, tênis da mesma cor e óculos escuros.

Meu primeiro pensamento é me questionar, como sempre, como uma pessoa assim pode ser real. O segundo é pensar, com certa possessão e orgulho, que a pessoa bonita demais para parecer irreal é minha, de certa forma.

claro que não", Henry retruca o irmão, debochado. "Vim finalmente conhecer o pai da Hermione. Como vai, senhor? Eu sou Henry Smith" Com um sorriso educado, ele estende uma mão para o papai que, a priori, não parece saber o que fazer, mas lhe dou uma cotovelada e então ele aperta a mão do jovem Lorde.

"Prazer em conhecê-lo, sua alteza", Simon soa levemente abobalhado ao responder. "Sou Simon Osborne".

"Chame-me apenas de você, por favor. Não sou um Lorde, exatamente. Nem o Lucas".

"Mas são filhos de George Durkheim", papai rebate, como se isso encerrasse o caso.

Henry e Lucas não conseguem conter caretas, como se tivessem acabado de ouvir algo muito ruim.

"Tudo pronto, pessoal?" Amelia abre o portão da casa ao lado e se junta a nós, tão arrumada quanto Lucas em um vestido de verão, e logo entendo que o que Henry quis dizer não se restringe apenas às malas. Nós dois parecemos bem simples perto deles.

SOBRE UM LORDE E SEU PRIMEIRO AMOR [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora