[Este é o quinto livro sobre a realeza de Orion, mas pode ser lido e entendido separadamente dos quatro volumes anteriores]
Uma organização antimonárquica surge em Orion e faz com que alguns dos membros da realeza oriana tenham de se esconder e vive...
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Nós não vamos até o andar da Margot Philips conforme os planos iniciais, porque saímos do prédio dos Durkheim em clima de enterro com Henry dirigindo, Mia no banco do carona e Lucas ao meu lado no banco de trás.
Estou morta de vergonha. Acho que nem o próprio Lucas, que já temia o que aconteceria hoje, está conseguindo acreditar no que aconteceu porque eu não pude simplesmente ficar calada acerca do babaca que é o pai dele.
Eu devia ter ficado calada! Eu devia ter sorrido de forma falsa, superado seu tom superior e deixado a noite ser conduzida para um jantar de clima azedo, mas não... Eu tinha que abrir a boca! Eu tinha que estragar tudo, causar o maior climão e, ao final de tudo, o divórcio dos pais de Lucas. Divórcio!
Puta merda, Hermione. Puta merda.
Acho que estou surtando.
Mal registro o caminho que Henry pega pelas ruas de Dominique e muito menos a burocracia até entrarmos em um novo estacionamento, porém mais vazio. Além do carro do Lorde, há apenas outros três, e ele para ao lado de um que reconheço como sendo o de Cepheus.
"Certo, aqui estamos", Henry anuncia, olhando com cautela para Lucas e eu através do espelho-retrovisor.
"Vocês podem ir na frente", Lucas diz, falando pela primeira vez desde que saímos do apartamento. "Gostaria de conversar com a Hermione a sós".
Mia se vira no banco para nos olhar, também preocupada, demorando um pouco mais em mim. É como se estivesse perguntando se eu quero ficar sozinha mesmo, então assinto e tento sorrir para sinalizar que está tudo bem.
"Nesse caso...", Henry murmura. "Vamos preparando o terreno lá em cima com o pessoal".
O casal retira os cintos de segurança e saem do carro com certa sincronia, deixando-nos.
"Eu sinto muito", antes mesmo que Lucas possa falar algo, adianto-me. Ele está me olhando com um vinco entre as sobrancelhas, que se destaca mesmo na penumbra do interior do veículo.
"Pelo que você sente muito?" Ele retruca.
"Está brincando?" Procuro qualquer sinal de humor em suas feições, mas ele só parece genuinamente confuso. "Eu retruquei o seu pai e provoquei um divórcio".
É somente com o meu esclarecimento que ele ousa sorrir.
"Está se superestimando. Nem a mãe do Henry causou o divórcio dos meus pais. Definitivamente, não foi a sua língua ferina que conseguiu tal feito, mas o orgulho de uma mãe superprotetora".
"Ainda assim, se eu tivesse ficado quieta...".
"Eu teria explodido sozinho", Lucas garante. "O meu pai...", ele hesita, de repente com uma centelha de raiva ao ter que mencionar o Lorde Durkheim. "Ele foi muito mais desagradável do que eu esperava. Fiquei tão envergonhado sobre tudo o que ele insinuou a seu respeito, Nina...".