Chapter 8

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Então, vá em frente, siga a sua vida

Então, vá em frente, diga adeus

Tantas perguntas

Mas não quero saber o porquê

Então, desta vez, não vou nem tentar

Silêncio, silêncio agora.

Avril Lavigne - Hush Hush

   Na segunda a noite, eu decidi parar de ter pena de mim mesma e curtir um pouco a noite. Afinal, eu era jovem e não precisava ficar trancada em casa igual uma velha.

   Eu havia combinado de encontrar Kim Min Kyu, em um pequeno restaurante perto da minha casa. A gente se conhecia já algum tempo e o único vínculo que tínhamos era de sair juntos, quando as coisas não iam bem.

   E tudo bem. Sem cobranças. Sem sentimentos. Não éramos amigos, nem namorados. Éramos conhecidos e ao mesmo tempo não. Contavamos apenas o que era conveniente para nós dois.

   - Você ainda gosta daquele cara? - Questiona com desdém.

   - Você conseguiu comprar sua moto? - tento mudar de assunto.

   - Ya! Não tente mudar de assunto, o cara nem liga pra você, porquê não procura uma pessoa melhor? - Suas sobrancelhas ficam vincadas enquanto ele fala.

   - Não é como se você fosse muito diferente de mim, ok? Eu tenho certeza que você ainda gosta daquela garota que deu um fora no meio de todos os seus amigos. - Aponto meu dedo indicador de forma acusatório.

   Era sua vez de ficar constrangido, seus ombros caídos mostrava claramente que eu tinha acertado em cheio.

   - É inevitável, ela é linda e toda delicada. - Seus lábios se transformam em um sorriso.

   - Ah por favor, a menina é uma tirana, além de ser super soberba. - Reclamo.

   - Como se você pudesse falar - rebate - O cara é literalmente um gado. Não te mandou mais mensagem, não sabe que você foi demitida, não quer nem saber se você existe.

   - Aish! - Reclamo - Não vim aqui para isso ok? Vim pra esquecer isso, e  não para ser lembrada.

   - Me desculpe. - Seus lábios se formam em um bico, se desfazendo logo em seguida.

   Sua mão alcança a minha e aperta com delicadeza.

   - Mas tirando isso, como você está? - Ele sorri.

   - Eu estou... - Não tive tempo de concluir a frase.

   Soobin apareceu na nossa frente, aparentemente muito irritado. Seus olhos passavam entre mim, nossas mãos entrelaçadas e Min Kyu.

   - Você voltou a fazer isso? Por isso não está indo para o trabalho?

   Reviro os olhos e solto um suspiro exasperado.

   - Min Kyu, vamos fazer isso depois. Eu vou para casa. - Aperto sua mão em forma de desculpa.

   - Você sabe que não precisa, não é? - Ele continua segurando minha mão de forma firme.

   - Sim. - Sorrio.

   - Jieun! - A voz de Soobin parecia um alerta.

   - Você quer que eu vá te deixar em casa?

Angel of MercyOnde histórias criam vida. Descubra agora