Chapter 13

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Vai ser amor
Vai ser ótimo
Vai ser mais do que eu possa aguentar
Vai ser livre
Vai ser real
Vai mudar tudo o que eu sinto
Vai ser triste
Vai ser verdadeiro
Vou ser eu, querido
Vai ser você, querido
Vai ser amor
It's gonna be love - Mandy Moore

      Um dos homens que eu costumava sair, me convidou para beber. Eu estava sentada de frente para ele, minha pernas cruzadas, e meu rosto repousava em minha mão. Meu braço apoiado na mesa revelava minha total deselegância, mas eu não ligava. O homem tagarelava sobre ele ser o maioral no trabalho, mas eu não prestava atenção. Meus pensamentos estava perdidos enquanto eu analisava os carros que passavam do outro lado da janela.

   O cheiro da carne que o homem grelhava chegou as minha narinas, mas não me chamou a atenção. Aquilo estava sendo um tédio, um erro total. Nem o nome do homem eu sabia. Depois que Jin apareceu na minha vida, ironicamente eu não consigo me envolver com ninguém. O que seria frustrante em outro momento, mas naquele momento não me importava nem um pouco.

   O som de um bater de asas chega aos meus ouvidos, e eu me ajeito na cadeira em expectativa. O homem não notou nada, e continuou falando.

   - Que tal nós irmos a um motel quando acabarmos aqui? - Sua mão alcança a minha, e um sorriso brota no seu rosto.

   Sinto meu estomago revirar e eu me sinto enjoada no mesmo minuto. Volto o meu olhar para a janela, o som que eu tinha escutado, tinha sido coisa da minha cabeça?

   - Hein docinho? - Ele volta a me chamar, quando percebe que eu não respondi.

   Meus olhos estão fixos nele, quando outra pessoa se aproxima, limpando a garganta logo em seguida. Meus olhos se encontram com o de Jin, e sinto meu corpo relaxar.

   - Yah! O que você está fazendo aqui? - Vejo seus lábios se moverem enquanto fala, e luto contra um sorriso que se formava em meus lábios.

   Porém, meus olhos passam de Jin para o homem. Eu não sabia bem como explicar aquela situação, e na verdade, eu sabia que nem precisava. Jin sabia o que estava acontecendo, melhor do que eu até. Eu estava mais perdida do que cego em tiroteio.

   Jin usava óculos e umas roupas brancas. Ele estava lindo. Ele era lindo.

   Ele avista a mão do homem sobre a minha, ainda. Ele ajeita o óculos, inclina a cabeça e solta um suspiro como se eu fosse uma causa perdida.

   Eu não duvidava que eu realmente era.

   - Ela não vai a lugar algum, ok? - Jin puxa meu braço, me libertando do aperto do homem, e me ajudando a ficar em pé logo em seguida.

   - Hey cara, não se intrometa! Isso não tem nada a ver com você! Ei! Quem é você? Traga ela de volta, idiota! - O cara protesta ao ver que Jin me arrastava pra fora do restaurante.

   - Ela não seria de alguém tão imundo. - O anjo murmura tão baixinho que quase eu não escuto.

   Eu entrelaço meus dedos com os dele, e balançava nossos braços como se não tivesse mais nada para se preocupar. Era relaxante estar com Jin, e a cada dia que passava eu sentia que a presença dele na minha vida era necessário. Sim, necessário. Eu precisava que ele estivesse comigo para que eu vivesse bem.

   - Para onde vamos? - Questiono ao perceber que o caminho que trilhávamos, não era o da minha casa.

   - Vamos dar uma volta.

Angel of MercyOnde histórias criam vida. Descubra agora