Angel of Mercy

Chapter 20

Sim, existem impedimentos e desmotivadores em todo lugar

Meu coração se revira e minhas palavras diminuem

Por que diabos? Eu corri tanto!

Oh, por que comigo?

Venho para casa e me deito na cama

Pensando: Foi minha culpa?

Noite confusa, olhando para o relógio

Em breve será meia-noite

Zero o'clock - BTS

   Naquela noite quando voltei, Mina fez muitas perguntas, e falou pelos cotovelos. Eu nunca imaginei que ela falaria tanto, ela aparentava ser mais quietinha. Mas nos últimos dias eu vinha descobrindo varias facetas da mesma, o que tinha me deixado bastante surpreendida. A garota falou tanto, que dormiu, enquanto eu só rolei na cama para lá e para cá. O fato do Jin saber de tudo me assustava mais ainda, e eu não sabia o que fazer.

   A manhã logo chegou, e eu mais parecia um zumbi. As olheiras escuras eram nítidas, e mesmo com a maquiagem, não consegui esconde-las.

   - Woah, você está horrível! - Mina se aproxima, me olhando pelo espelho, e dando um bocejo logo em seguida.

   - Você só constatou o obvio. - Reviro os olhos.

   - Afinal, a noite não foi boa ontem? O que aconteceu para te deixar assim? - Ela senta na cama, com os olhos ainda fixos em mim.

   Mina estava ciente de tudo o que estava acontecendo, então eu não precisava esconder nada. Não estava mais sozinha nessa, eu tinha alguém que me entendia, e não me taxava de louca. Então, eu contei tudo.

   - Vem aqui. - Ela aponta para a minha frente, e eu me ajoelho, ficando de frente para ela. Com a esponjinha, ela dá batidas leves em meu rosto, espalhando o corretivo. - Não se preocupe tanto, as coisas vão melhorar, eu tenho certeza. Assim está melhor, dê uma olhadinha.

   Me pondo novamente em frente ao espelho, percebo que minha aparência realmente ficou bem melhor.

   - Suas mãos fazem milagres! - Digo, ainda encantada com o resultado. - Eu vou para o trabalho agora.

   Ponho a bolsa em meu ombro, e apoio meu casaco no mesmo braço.

   - Não vai comer nada?

   - Eu como algo na cafeteria.

   - Tenha um bom trabalho!

   - Obrigada. Até mais! - Aceno antes de sair do quarto.

   Apesar de ter mascarado a cara, meu corpo sentia todo o cansaço da noite mal dormida. O cansaço era visível, e eu sentia meus olhos pesar. Minha caminhada era lenta, e eu sentia que em qualquer momento eu teria um colapso.

   Por conta da minha lerdeza e sonolência, deixei minha chave cair, quando percebi, eu já estava quase chegando no trabalho. Paro, e olho em minha volta para ver se em encontro, mas tinha tantas pessoas passando, que parecia impossível achar. Enquanto eu olhava atentamente para o chão, sinto um leve toque em meu ombro.

   Levanto os olhos na direção da pessoa, e sinto meu ar faltar com tanta beleza a minha frente. O homem tinha em volta de 20 poucos anos, tinha um sorriso de coelho, vestia roupas branca, argolas na orelha, e cabelos ondulados. O homem exalava pureza, e eu não sabia como agir em sua frente, muito menos o que falar.