Capítulo vinte e quatro

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Kenna

— Tia? — Claude chama.
— Oi, querida.
— Você está bem? — pergunta olhando para minha mão.
— Estou, não foi nada de mais.
— Quando vi o sangue, fiquei com medo. — ela conta.
— Olhe — mostro o dedo que foi cortado. — Viu só, não tem sangue.
— Como parou de sangrar tão rápido?
— O corte era pequeno de mais para sair muito sangue. — deixo de fora a parte que Alexander colocou meu dedo em sua boca.
— Com licença. — diz a moça timidamente. Ela é ser bem jovem, acredito que, deve ter quase minha idade.
— Qual o seu nome? — acabo perguntando.
— Lizzie. — responde, recolhendo os cacos que estão no chão.
— Trabalha na cozinha?
— Sim, ajudo minha mãe e minha avó.
— Parece ser tão nova.
— E elas velhas, por isso, precisam de mim. — Lizzie responde rindo. Não aguento e a acompanho na risada.
— Preciso ir agora. — ela fala.
— Claro, não quero te atrapalhar.
— Até mais, senhora.
— Kenna.
— Como?
— Me chame de Kenna.
— Não posso, o certo é que lhe chame de senhora — ela responde constrangida.
— Eu insisto, e o certo mesmo seria ser chamada de senhorita.
— Certo, até mais senhorita Kenna.
Lizzie volta para a cozinha, olho para Claude que estava observando minha conversa.
— Vamos?
— Para onde?
— Vamos terminar aquele belo vestido que começou.
— Então, vamos lá! — ela sai correndo.

O dia passou rapidamente, eu e Claude ficamos o dia inteiro terminando o vestido, ainda faltam alguns detalhes, mas já está ficando lindo.
Mesmo estando ocupada, não conseguia perder a sensação estranha que sentia. Não sei explicar o que é, mais tenho certeza de que alguma coisa está errada.
Não vi Alexander o dia inteiro, nem mesmo na hora das refeições. Cheguei até perguntar para Roland se ele sabia onde Alexander estava, infelizmente o guerreiro não sabia dizer. O jantar foi servido, Claude comeu toda sua sopa, ainda pediu por mais. Ela não contou porque estava triste ontem, também não insisti no assunto. Ela irá contar, quando achar melhor.
— Vamos subir, estou com sono. — Claude fala após terminar a refeição.
— Sim.
Ajudo-a se trocar, penteio seus cabelos como diariamente. Hoje ela pediu para dormir com os cabelos presos por uma trança.
— Tem certeza que já vai dormir? — pergunto estranhando. 
— Tenho sim.
— Muito bem, então.
— Tenha bons sonhos — digo, depositando um beijo em sua testa.
— Obrigada, titia.
Vou para meu quarto, sento em frente a penteadeira. Coloco a mão sobre o coração, tentando, acalma-lo.
Será que algo aconteceu com Alexander. Ele não apareceu o dia inteiro e estou com essa sensação ruim.
Decidida a descobrir, saio do quarto, ando por todo o corredor até chegar na porta de seu quarto. Bato algumas vezes e não obtive respostas, talvez, ele nem esteja aqui.
Acabo abrindo sua porta, e o que vejo me espanta. Alexander está sentado no chão olhando para o nada, o cômodo está todo destruído.
Corro para dentro, me abaixo ao seu lado.
— Alexander? — chamo, mais parece que ele estar perdido em sua própria mente.
— Ei... Alexander?
— Eu não queria — ele sussurra.
— O quê?
— Machuca-la.
— Quem?
— Isla. 
Fico espantada com sua revelação, não sabia que ele havia machucado ela.
— Como… como machucou ela?
— Da mesma forma que ele fazia comigo, eu usei o açoite.
— Por quê?
— Ela disse… que sou igual há ele. — talvez Alexander tenha apagado como fez da vez que apertou meu pescoço, ele saiu de si.
— Mas você não é! — afirmo.
— Tão inocente — ele sorri de lado. — Eu sou sim, igual.
— Não é não.
— Eu amarrei Isla na árvore do castigo, e bati em suas costas com o chicote. 
— Você saiu de si, não teve culpa.
— Não arrume desculpas para meus atos! — ele rosna. — Grow disse que eu iria gostar de aplicar castigos.
— E você gostou?
— Uma parte de mim sim.
— Mais a outra não quis, porque você é bom.
— Kenna...
— Alexander, você pode dominar os instintos que querem machucar as pessoas, e sabe disso.
— Talvez seja melhor não dominar, e sim deixá-lo sair.
— Não seja fraco deste modo.
Alexander me encara intensamente.
— O que faz aqui, Kenna?
— Vim ver como estava, sumiu o dia inteiro e eu estava com um mau pressentimento.
— Fiquei aqui o dia todo, tive medo de acabar fazendo mal para mais alguém.
— Entendo.
— Agora que já viu que estou vivo, pode ir.
— Sim, é melhor. — respondo, sem me mover.
— Kenna, é melhor sair agora se não quiser que eu lhe beije!
— E se eu não quiser ir? — murmuro.
— Se quiser ficar, primeiramente eu vou beija-la, depois vou venerar seu corpo.
— Alexander...
— É você quem decide.
— Eu… eu fico.
Alexander começa o beijo devagar, depois vai aumentando. Ele me puxa para seu colo, suas mãos começam a abrir meu vestido, meus seios ficam amostra.
— Linda. — murmura com o lábio colado na minha pele.
Alexander deposita pequenas mordidas sobre meus seios, ele os coloca em sua boca. 
— Seus seios são lindos. 
Alexander me deita no chão, retira o meu vestido. Sinto vergonha, minha pele queima sob o olhar dele.
Seus lábios colam aos meus novamente, suas mãos passeiam por meu corpo, até chegarem ao meio das minhas pernas. Fecho os olhos, e gemo quando ele me toca lá.
— Deixe vir, não resista. — ele murmura no meu ouvido, não respondo, minha voz parece ter ido embora. Alexander dá, uma mordida na minha orelha, foi o que faltava me fazer explodir.
Abro os olhos e o vejo olhando-me.
— Como está se sentindo? — ele pergunta.
— Muito bem!
— Posso lhe fazer se sentir ainda melhor se deixar.
— De que modo?
— Você sabe como, basta decidir.
Alexander está dizendo sobre eu me entregar a ele, lhe dar o que prometi entregar somente ao homem que me amaria.
Mais e se eu não encontrar esse homem?  Se ele não aparecer? Estarei perdendo o momento mais belo ao lado do homem mais incrível que está aqui comigo. Olhando-me como se eu fosse algo bem raro e precioso.
— Eu quero tudo que pode me proporcionar! — respondo bem decidida.
— Tem certeza?
— Tenho.
— Nada será como antes se continuarmos, sabe disso não é?
— Eu sei, e mesmo assim, quero continuar.
— Muito bem. — Alexander responde levantando, me ajuda a ficar de pé.
Ele me coloca no meio da cama, e começa a retirar sua túnica. Seu corpo é incrível, ele tem um tórax tão largo, uma linda pele.
Alexander começa a retirar sua calça, sinto um leve receio sobre minha decisão, após vê-lo nu.
— Não tenha medo, serei cuidadoso. — fala sorrindo. 
Ele sobe na cama, começa a beijar minhas coxas, tento fechar as pernas quando ele vai beijar minha flor.
— O que está fazendo? — pergunto tímida.
— Você vai sentir, abra as pernas. — obedeço seu comando.
Gemo surpresa quando Alexander passa a língua em mim, a sensação é maravilhosa. Não demora muito para que eu exploda de prazer novamente.
— Agora sim, você está pronta para me receber.— ele fala, subindo no meu corpo.
— Estou? 
— Sim.
Alexander volta me beijar, dessa vez mais, intenso. Seguro em seu pescoço, quando ele se encaixa na minha entrada, solto um gritinho, após seu membro me invadir. 
Alexander ficou imóvel por um tempo, depois começou se movimentar bem devagar. Foi aumentando seus movimentos, algo que não sei explicar foi crescendo dentro mim, a sensação era magnífica. O nosso prazer não demorou há vir.
— Isso foi... incrível! — falo após recuperar o fôlego.
— Sim, foi sim. — ele responde, rolando para o lado.
O silêncio reina o quarto, Alexander não diz mais nenhuma palavra, está imóvel de olhos fechados.
Levanto devagar, sinto uma pequena fisgada no meio das pernas. Pego meu vestido, tento vesti-lo mais não consigo porque minhas mãos estão tremendo. 
— Pode me ajudar? — pergunto baixinho.
— Quê?
— O vestido, pode fechar?
— Claro. — responde sem se mover.
Percebo que Alexander não me encara, ele balança a cabeça em negativa.
Não digo nada, só saio do quarto segurando o vestido para ele não cair, pois, as costas estão abertas.
Entro no meu quarto, fecho a porta. Limpo os vestígios do prazer de Alexander que escorre em minhas pernas. Coloco minha camisola e deito, só quando estou embaixo da manta deixo as lágrimas caírem.
Como um momento maravilhoso, pode se tornar em um desastre. Talvez eu não devesse ter me entregado há Alexander, se soubesse que ele agiria dessa forma eu não teria ido adiante. Agora não adianta se lamentar, tenho que seguir em frente e de cabeça erguida.

Feita para o MacCabe [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora