𝙲𝚘𝚗𝚝𝚛𝚘𝚕 - 𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚂𝚎𝚟𝚎𝚗𝚝𝚎𝚎𝚗

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𝙹𝙾𝚂𝙷

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Não controlamos o que acontece ao nosso redor e nuca iremos, por mais que eu quisesse.

E agora, estava preso numa situação que está fora do meu controle, na verdade "fora" é pouco para explicar como isso fugiu do meu controle. Em um dia, estávamos cantando juntos e no outro eu descubro que em todo esse tempo, a garota sonhava comigo.

Não digo como se fosse algo fácil para ela, entendo que cada um tem sua própria reação ao ouvir algo desse tipo, eu sabia que ela precisava explicar e ela sabia que eu ouviria.

O pouco que conheço de Any, sei que uma hora ou outra iria me conta, a brasileira não aguentaria conviver com essa "culpa" que a cerca continuamente, mas não foi como ela planejava, disso eu tenho certeza.

O fato de descobrir desse jeito assustou nós dois, e agora entendo por que Hina tentou me afastar, é uma boa amiga, apesar de tudo, as três são, as duas amigas brasileiras de Any participam disso também, de uma forma ou de outra.

Mas eu não estou aqui para falar das amizades dela, certo?

Dentro do seu apartamento, me sinto mais íntimo de Any, sei que a situação pede algo mais íntimo, porém ainda me sinto como um intruso em sua casa, entrando em sua mente e descobrindo seus segredos.

Não quero ser invasivo, de longe, até por que, tenho meus segredos também, eu só quero o mínimo que ela me deve, uma explicação.

No caminho até sua casa, me preparo mentalmente para o que está por vir, e questiono, o que irei fazer após isso.

Estou indo para descobrir, certo, e o que vem depois? Fingimos que nada aconteceu e vivemos felizes para sempre?

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Ela entrega o diário a mim, posso chamar assim? Faz sentido, certo? Diário dos sonhos ou seja lá o que isto que seguro é.

Abro o mesmo e leio atentamente cada parte, enquanto a brasileira vai para a cozinha, acredito que tão nervosa quanto eu estou nesse momento. A única diferença é que ela está revelando seu segredo e eu, descobrindo a verdade.

Leio todas as anotações presentes, cada detalhe que Any registrou naquelas folhas de forma tão insistente e por um momento, fico feliz que ela tenha tido esse cuidado de escrever tudo, talvez seja algo de psicóloga. A primeira e única vez que consultei um profissional dessa área na minha vida, ele me disse que escrever liberta, acho que escrever libertou Any.

É estranho chamá-la de psicóloga, não estou dizendo que será uma profissional ruim, mas acredito que sua vocação seja para a área artística, eu vi a forma como ela cantou lindamente e, por um instante, transformou o mundo num lugar melhor. É a energia que Any carrega, esplendida e iluminada como o sol.

Volto minha atenção as suas anotações quando percebo que passei tempo demais pensando nela.

- Ok, Any, eu sei que isso não é fácil para você e muito menos para mim entender tudo isso, mas preciso que você me explique melhor como isso começou. - Eu interrompo meus pensamentos e acredito que os dela também, ouço a garota suspirar com o fim da minha fala.

Então a brasileira começa a contar seu próprio ponto de vista sobre o ocorrido, desde os primeiros sonhos, até todas as sensações que os mesmos a proporcionaram, conta também que poucas de suas amigas sabem e lembro que talvez não deva contar aos rapazes, ela não se sentiria confortável. De repente, sinto o clima ficar mais tenso e pesado, pelo nosso nervosismo.

Não sei quanto tempo ficamos absortos nisso, ela falando e eu ouvindo em silêncio, tentando compreender a complexidade de suas palavras e julgar o que devo realmente fazer.

- Em resumo, é isso, eu sei que parece assustador e eu prometo que não sou uma psicopata, mas isso está fora do meu alcance. - Any conclui sua explicação e fica silêncio, me dando, assim, a oportunidade de falar depois de tanto tempo a ouvindo.

A única coisa que se passa em minha mente é aquela dúvida bizarra que me questionei anteriormente.

O que Any quer de mim? O que nos tornamos agora? Ela me considera seu amigo? Será que isso nos torna amigos agora? É algo novo para nós e acredito que não temos a resposta, mas mesmo assim decido perguntar para saber o que ela pensa sobre isso.

- Certo, eu só tenho uma pergunta. - Começo a falar e ela acena com a cabeça indicando que eu posso prosseguir e fazer a pergunta. - Você tem algum tipo de sentimento por mim? Digo, sentimento amoroso ou algo desse tipo. - Digo rápido e sinto meu rosto esquentar logo em seguida.

Sua reação não é uma das melhores, vejo sua respiração travar e seu nervosismo ficar mais aparente e de repente, me arrependo de ter feito essa pergunta, mas não podia evitar, uma hora ou outra seria necessário, então adiantei o que precisávamos.

Os segundos se parecem minutos e me pego ansioso para ouvir o que a mesma tem a dizer.

- Olha, Josh...

𝙽𝚘𝚝𝚊𝚜 𝙵𝚒𝚗𝚊𝚒𝚜
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Olá amores, esse foi mais um capítulo, o que vocês acharam, hein?

Só quero avisar que estamos em reta final, a história está mais perto do fim que vocês imaginam, se preparem para o grande final, como bons leitores de DOY, sabem o que eu quero dizer.

A boa notícia é que todas as sextas postarei um capítulo novo, aguardem!

With Love, Triz 💛

Dream Of You | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora