clichês. Ah, fala sério, eles não são estupidamente perfeitos? os finais são tão previsíveis mas todos amamos da mesma forma.
e essa história é sim um clichê, mas fiquem cientes que nem sempre eles são iguais ou tem finais felizes. "A Melhor Parte...
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Abro meus olhos e observo o local onde eu estou. Na minha frente tem um guarda roupa enorme na cor de madeira escura e eu estou deitada em uma cama de casal.
Olho para o lado e vejo a imagem do meu namorado dormindo de boca aberta.
Essa cena está bem inusitada e eu até tiraria uma foto, mas do jeito que o docinho é, jogaria meu celular no chão e iríamos acabar transando igual dois coelhos.
Na realidade, ele ainda está se recuperando da nossa noite. Morgan sabe me excitar como ninguém e eu tenho o mesmo efeito sobre ele. Isso sem dúvidas é indiscutível.
Estico meu braço para a escrivaninha e pego meu celular, me dando conta de que já são 05:37 da manhã e percebo que tenho ligações perdidas da minha mãe e mensagens do meu pai. Resolvo não ver nada e me levanto indo beber água, minha boca está seca.
Então, na ponta dos meus pés me levanto e vou até a porta, abrindo-a cautelosamente e descendo em silêncio até a cozinha.
Acendo a lanterna do meu celular e vou até a geladeira, que na minha opinião, são feitas para irmos comer na madrugada porque se não fosse para isso, para que existe a luz de dentro dela?
Assim que eu pego a jarra de água, fecho a geladeira e vou até o armário pegar um copo.
Coloco a água no copo e segundos mais tarde sinto o líquido gelado descer pela minha garganta, gelando minha boca.
Me sobressalto quando a luz é ligada e eu me viro dando de cara com um homem que está na faixa dos cinquenta anos. Ele está com os olhos vermelhos e uma garrafa inacabada nas mãos. Ele olha para mim e depois desce seu olhar para as minhas pernas descobertas e é nesse momento que eu praguejo por ter vestido apenas a camiseta do Luke.
Eu não sou idiota, sei que ele é o pai do meu namorado. Eu imaginei ele de todas as formas, mas, a realidade tende a ser mais decepcionante.
--- Quem é você? - o mais velho na cozinha diz e sua voz é grave e um pouco carregada pela bebida.
--- Eu sou a namorada do seu filho. - digo e ele me encara gargalhando logo depois.
Não sei qual motivo da graça, porém, me irritou.
--- Não perguntei isso, quem é você e o que faz na minha casa? - pergunta e dá um passo na minha direção.
--- Eu sou... Katherine e eu só vim buscar um copo de água, já estou indo embora. - digo e coloco o copo na mesa de mármore e ele dá outro passo na minha direção.
E eu retrocedo dois passos, dou outro passo para trás e acabo batendo minhas costas no armário fazendo barulho.
--- Olha garotinha, não precisa ter medo... - ele diz enquanto passa a língua nos seus lábios enquanto me olha de uma forma nojenta
--- Eu não estou com medo. Eu estou com nojo. - digo e ele para na minha frente colocando a garrafa de bebida no balcão ao lado do armário.
O pai do Luke chega perto do meu ouvido e suspira fundo enquanto suas mãos vão até meu cabelo.
