clichês. Ah, fala sério, eles não são estupidamente perfeitos? os finais são tão previsíveis mas todos amamos da mesma forma.
e essa história é sim um clichê, mas fiquem cientes que nem sempre eles são iguais ou tem finais felizes. "A Melhor Parte...
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Os dias passaram rápido desde minha última luta.
Novamente eu havia ganhado, mas, diferente das outras vezes estou um caco. O meu oponente praticamente me esmurrou até que meu olho ficasse completamente roxo e minha boca toda cortada.
Tomei alguns analgésicos e vim para a aula, mas tenho certeza que qualquer motivo eu iria embora em um piscar de olhos.
Katherine e eu estamos mais unidos do que nunca. E nesse momento a garota está sentada conversando animadamente com a melhor amiga a alguns metros de mim. E se não fosse o fato dessa escola ser uma merda e exigir que cada um fique em seu lugar eu estaria do seu lado, percebendo meu sorriso bobo se formando em meu rosto resolvo mudar minha visão olhando para a porta onde a professora está entrando com um sorriso tão perfeitamente aninhado que me faz questionar se o salário da mesma aumentou esta semana.
Eu não me daria ao luxo de estar tão alegre. Não quando vários adolescente completamente irritantes e insignificantes a olham como se a mulher em nossa frente fosse uma idiota.
Porra, hoje é apenas segunda-feira e a mulher está parecendo o coringa.
Disfarçando ou apenas ignorando a menina que mastiga os chicletes como uma criança com a boca aberta, a professora de artes que eu já nem me recordo o nome pigarreia iniciando uma frase;
--- Olá meu amores, bom dia. - fala e se senta abrindo o que creio ser alguma pasta. Eu tô no fundo e por isso não enxergo quase nada. - Como todos sabem, o Halloween está chegando! - ela vibra sorridente e alguns alunos bobões comemoram juntamente à ela. - E neste ano, como a maioria irá se formar teremos uma festa a fantasia completamente aberta a todos vocês! - diz e todos começam a falar uns com os outros. - E teremos fantasia vencedora! Eu estou tão animada. Isso é tão empolgante, a anos não temos coisas assim.... - e blá blá blá, paro de escutar e deito minha cabeça na mesa quando sinto minha cabeça latejar.
Eu nunca participei de festas ou comemorações em New Civic, como eu já cansei de explicar esse lugar é quase um ovo. E sempre que atravesso a ruas só falta as pessoas colocarem um mural escrito o quanto sentem muito pela minha mãe ter morrido.
Vai fazer três anos e desde então eu me recuso a aparecer em lugares com muitas pessoas. Me dá pavor imaginar aqueles olharem de pena como se eu tivesse morrido junto com ela, uma parte minha morreu, mas eu ainda estou aqui.
Observo as pessoas contentes com essa notícia e me questiono se isso é apenas para suprir o constante vazio que existe nelas. Todos nós temos pontas onde ainda não foram seladas, adolescentes sabem fingir bem. E com o tempo, você aprende da melhor forma isso.
Escuto uma tosse seca do meu lado e encaro o água de salsicha que notando minha curiosidade coloca o caderno tapando minha visão mas eu empurro indicando que não estou brincando.
