||CAPÍTULO TREZE - O ABRAÇO||

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Lucca

Hey, Lucca futurístico.
Como que está aí no futuro? Me diz que estou bonitão, por favor.
Esses dias tô me sentindo um grande merda, minha semana mudou completamente quando conheci a Anônima.
É, talvez você não se lembre da Anônima aí no futuro, então vou lembrar... Tomara que não esteja reabrindo outra ferida.
A Anônima é uma garota que me manda fotos e mensagens sem mostrar o rosto. Acredita que ela me mandou foto mostrando metade dos peitos? E do bumbum também.
Eu pareço até um tarado dizendo isso, mas gosto de receber essas mensagens dela. Não porque vejo peitos e bunda, mas porque sinto que alguém gosta de mim.
Isso é dramático? É, talvez, mas depois da Carol - me diz que superou ela, por favor - eu me sinto um lixo!
Eu queria saber o propósito da Anônima - que ontem ficou horas falando comigo para me animar e, me mandou um Cupcake de brigadeiro e morango - saber o por quê dela fazer isso e se esconder...
Eu consegui cursar a faculdade ideal? Eu me sinto bem comigo mesmo aí no futuro?
É... Isso só você sabe.

Dobro o papel e coloco na caixa que o professor Mário entregou.

Ao escrever essa carta, as lembranças do dia anterior me consumiu. Eu estava tão mal ontem a noite, me lembrando e me atormentando por horas.

— Eu te amo, Lucca, por favor!

— Eu não poderia ter feito isso com você...

— Me perdoe

— Eu vou em bora...

Todas essas falas circulavam minha cabeça e era como se tivesse tomando uma facada.

Eu não queria falar do passado, queria guardá-lo para sempre para o bem de Carol e para o meu bem.

E então a Anônima me chamou, me aconselhou e me consolou. Ela me disse palavras bonitas, tentando amenizar minha culpa.

Pego meu celular e entro em nossas conversas.

Anônima Gostosa: Eu sempre estarei aqui para você, Lucca. Conte comigo sempre a qualquer hora.

Foi a última mensagem dela. Sorrio ao reler.

Obrigado pelo cupcake, eu amei.

Enviei. Essa garota está me fazendo pensar nela vinte e quatro horas por dia.

Como terminei a cara, fui liberado junto com outros alunos. Ao sair da casa, vejo Larissa encostada no armário, sorrindo para o celular, distraída. Ando até ela - que não percebe - e paro bem ao seu lado.

— Falando com o namorado? — perguntei-lhe. Larissa se assustou e, o celular quase caí no chão.

Seguro o celular no ar - não sei como - e Larissa segura também. Ela puxa o celular para si e sorri envergonhada.

— Lucca?! É... Oi, eu não tô falando com namorado, é eu nem tenho namorado... Namorado? Pra que namorado... — Larissa se embola com as palavras e fica ainda mais vermelha, dou um sorriso.

O jeito que Larissa é tímida chega a ser fofo. Ela sempre se atrapalha quando fala e, quando fica vermelha, fica mais fofa ainda. Ela é muito linda.

Nem um carinha gatinho? — perguntei, sorrindo de lado. Lari ficou ainda mais vermelha - se possível.

— É difícil eu falar com um carinha gatinho, quer dizer, além de você... Não, não que você seja gatinho você é muito mais que isso, digo, ah você sabe né... Se olha no espelho todo dia então sabe que é lindo...

Romance Anônimo - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora