Romance Anônimo - CONCLUÍDA

||CAPÍTULO VINTE E SETE - BAILE Parte.1||

Vamos lá, Larissa. Um-dois, três-quatro. Um-dois, três-quatro.

Minha mente repetia isso em minha mente enquanto eu fazia os passos de dança em frente ao espelho. Minha companhia era meu urso de pelúcia, o único que eu não poderia pisar no pé.

Pedi ao meu pai para treinar a dança comigo, mas no primeiro pisão que dei ele saiu correndo.

Posso dizer que melhorei bastante. Era difícil eu pisar no pé do Jorge quando treinamos na escola, porém ainda ocorria. E minha mente estava confusa já que tive que decorar duas danças totalmente diferentes para dançar em horas diferentes com pessoas diferentes. Ah, que complicado.

A culpa é sua. - minha mente me lembrava.

A hora passou tão rápido que quando meu pai bateu na porta de meu quarto me dizendo que era hora de se arrumar, nem acreditei. Tomei meu banho quentinho pensando em como foi que me meti naquilo tudo. Depois, coloquei o meu vestido tomara que caia. Ele é longo e preto, a parte da cintura fica bem apertada enquanto a saia é solta com alguns babados. Meu salto alto é fino e prateado com algumas pedrinhas brilhantes. Meu cabelo está trançado e em meu ombro direito. Finalizo com um gloss e coloco minha máscara também prateada.

E agora, hora do baile.

...

— Uau, você está linda! — Jorge me encontra na entrada do local da festa.

Ele está bem elegante, de terno azul claro e máscara combinando. Jorge me estica seu braço e eu cruzo meu braço com o dele.

— Você também está, Jorge. — tento soar tranquila mas estava longe de conseguir.

Esperamos na porta Mathias e Alana chegar. Alana me mandou um olhar cúmplice.

Juntos, nós quatro, entramos no salão do baile.

Ah, o baile. Nem acredito que esse dia chegou. Meu coração palpitava mais rápido que a música alta, que era Head e Heart feat MNEK. As pessoas dançavam e pulavam junto com seus parceiros, não conseguia reconhecer as pessoas por conta de suas máscaras.

O espaço amplo estava bem bonito, luzes que piscavam, a mesa do DJ, bexigas e enfeites pendurados na parede. No fim do salão, uma enorme mesa de comes e bebes.

— Ali não são Mário e os amigos? — Jorge gritou próximo ao meu ouvido para que eu pudesse escutá-lo e apontou para um grupo de adultos ao lado da mesa de comida.

— Acho que sim. — gritei de volta — Aquela cabeleira ruiva só pode ser da Jully.

Nos aproximamos do professor dibrando as pessoas animadas da festa. Professor Mário estava com um terno preto e máscara verde, já sua companheira - provavelmente Deni -, está com um lindo vestido tubo azul bebê e máscara combinando.

— Olá, crianças. — Mário grita por cima da música para nós — Curtindo a festa?

— Acabamos de chegar na verdade. — Jorge sorriu e passou seu braço em meu ombro, me apertando em si. — Deni é sua parceira? — Jorge perguntou de um jeito malicioso.

— Infelizmente, por mim viria sozinha ou com o Paçoca, mas Jully quis vir com o Paçoca e me deixou com esse banana. — Deni falou e Mario empurrou a mulher, nos fazendo rir.

Não sabia o por que eles viviam brigando - nos ensaios era a mesma coisa - mas sempre achava divertido. Dava para perceber que, apenas das discussões, eles são amigos sim.

— Quer uma bebida? — Jorge me perguntou depois de beijar o topo da minha cabeça. Isso era tão estranho, parecíamos um casal de namorados em vez de um casal de amigos.

— Pode ser. — dei de ombros.

Assim que Jorge se afastou, meu celular apitou. Olho a mensagem apenas pelo visor.

"Que bonitinho... Pq já não fica com o Jorge pra sempre? Bem melhor."

Era a não mais anônima Carol. Essa menina tirava o meu sério.

Resolvo não respondê-la e apenas guardo o celular em minha bolsinha novamente.

— Atenção, alunos. A primeira dança é daqui dez minutos, se posicionem.

Uma professora avisa e a multidão começou a se mover como um formigueiro. Jorge me encontrou um tempo depois com dois copos de refrigerante.

— O carinha ali tá com uma garrafa de Vodka escondida — Jorge perguntou rindo. — Como ele entrou com isso?

— Não sei como ele entrou, só sei que quero distância.

O dia hoje é muito importantes para eu ficar chapada.

Um pouco distante, vi o vestido vermelho de Alana se aproximando, levanto a mão para ela me ver e a mesma vem em minha direção.

— Depois da dança você tem dez minutos. Carol está rondando Lucca e ele já está achando que vai levar bolo.

Alana cochichou em meu ouvido e saiu dançando a música.

— O que ela disse? — Jorge perguntou.

— Apenas falou que eu vou dirigir a van na volta. — menti puxando Jorge para pista de dança. — Vem, logo vamos começar a dança.

...