||CAPÍTULO BÔNUS - 13 ANOS DEPOIS...||

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Este capítulo especial é dedicado a minha leitora: rubiadumas0

Obrigada por me dar essa ideia ❤️

...

Ter aquele brotinho em meus braços me trás uma paz enorme.

A menininha recém nascida em meus braços não tinha aberto os olhos desde que nasceu. Teve que tomar palmadinhas para chorar e mesmo assim chorou de olhos fechados.

— Fechei a fábrica agora. — Alana murmurou cansada. Ri devagar para não acordar a pequena.

— Você disse isso da outra vez. — zombei. Alana me mostrou a língua como se fossemos adolescentes ainda. 

Balanço devagar a brotinho e meus pensamentos voam alto. 

Era o segundo bebê de Alana, Elias tem sete anos e é meu afilhado também. Pensem em uma criança amorosa e dramática, essa criança é Elias, mas ele é mais grudado comigo do que com a própria mãe. Também serei madrinha dessa pequena e pensar nisso me fez lembrar uma coisa.

— Eu sei porque você fez isso, Alana, e já vou logo dizendo: Não vai rolar. — sussurrei nervosa para a minha amiga, que revirou os olhos.

Alana estava descabelada ainda e com cara de cansaço. Dar a luz não é uma tarefa fácil.

— O que, garota?

— Deixar eu e o Lucca como padrinhos da sua menina. — Alana revirou os olhos.

— O Jorge já é padrinho do Elias com você, Larissa, e o Lucca é amigo do Mathias. Foi ele quem escolheu, nada gira entorno de você e o Lucca não. — Desta vez quem mostrou a língua foi eu.

Trinta anos de idade e quase nada tinha mudado. Haha, grande mentira, muita coisa mudou.

Alana teve Elias há sete anos e foi a coisa mais engraçada do mundo. Mathias entrou na sala de parto com Alana, porém, quando a cabeça de Elias saiu, Mathias desmaiou e Alana caiu na gargalhada, fazendo força suficiente para o bebê nascer. Quando Alana descobriu que estava novamente buchuda, pediu para outra pessoa acompanha-la e a pessoa escolhida foi eu.

Ela sabia que seria um momento importante para mim, que não posso engravidar.

Descobri há tempos que tenho problemas na ovulação e por esse motivo não poderei engravidar, o que deixou meu mundo perdido por um tempo. Depois da descoberta, entrei na fila de adoção, mesmo sendo solteira. O problema é que mesmo com muitas crianças precisando de lar, a fila demora muito.

— Se não quiser ser madrinha da Rebeka eu chamo a Carol...

— NÃO! — Me exalto e olho assustada para o bebê em meu colo. Ela nem se mexeu. — Rebeka com 'c'? — perguntei curiosa. Alanna parou de rir e me respondeu.

— Não, R-e-b-e-k-a. 

Vamos falar da Carol. Carol amadureceu muito esses anos, como eu. Ela até me pediu desculpas na formatura... Porém ainda tivemos uma rixa por um tempo já que nós duas estavamos afim do mesmo menino. Mas não brigamos mais por ele.

Apesar de tudo, ela era uma boa mulher e se tornou estilista. Ainda gosta do Lucca mas não pode fazer mais nada já que ele vai ser papai.

A novidade do ano é essa: Lucca será pai. Casou-se com uma mulher linda, extrovertida e carismática, que nos trata super bem e sempre está disposta a nos ajudar. Ela é uma ótima mulher e será uma ótima mãe.

Acabo suspirando e para disfarçar balanço a neném.

— Você não precisa disfarçar pra mim, amiga. Eu sei o que você sente mas vou te aconselhar novamente. — Alana se ajeitou na cama e me olhou suavemente — Olhe ao seu redor e pense em quem está sempre ao seu lado, nunca desistiu de você e já falou que te ama mesmo você deixando ele de lado sempre...

Romance Anônimo - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora