||CAPÍTULO VINTE E QUATRO - É ELA!||

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Larissa

É cada uma que acontece em nossas vidas. 

Primeiro, eu tive que rodopiar e controlar meus pés para não cair em cima de Lucca. Segundo, logo após dançar com ele e me sentir a garota mais feliz do mundo, vejo ele saindo com a Carol, a mesma garota que ele mandou calar a boca. Terceiro, em momento de carência peço uma declaração de amor e recebo um "Vou me jogar no mundo"

Eu bloqueei ele.

Certo que eu nem deveria estar falando mais com ele depois de prometer a Alana que contaria a verdade e depois das ameaças da tal anônima(o).

Eu estou com meu pai na lanchonete e, como um déjà vu, estou apoiado minha cabeça em minha mão olhado o movimento. Só olhando pois não estava prestando atenção em nada.

— Filha, podemos conversar quando chegarmos em casa? — meu pai colocou sua mão em meu ombro e apertou, me tirando do transe.

— Claro, sobre o que?

— Em casa. — ele abriu um mini sorriso para mostrar que não era bronca, mas mesmo assim estava preocupado com algo.

Isso é estranho.

A porta da lanchonete abre e vejo Carol entrar junto com outra garota. Elas estavam conversando algo sério e eu queria muito ouvir.

— Deixa que eu atendo. — Falei para a outra moça que trabalha conosco.

Me aproximo lentamente da mesa onde as duas estão e consigo pegar uma parte da conversa.

— Sei lá, Carol... Falar dos amigos do Lucca não vai fazer ele voltar com você.

— Já voltamos só que ele não sabe. — ela ri — Ele é meu e sempre foi, essa anônima só veio para acabar com tudo.

— Não acha que eles estão apaixonados?

— Quem se apaixona por quem não conhece de verdade? Ele só gosta de diversão e nude.

Elas param de conversar assim que chego na mesa.

— Boa tarde, qual o pedido? — pergunto sem ânimo algum.

— Vou querer um pedaço de pizza de mussarela e Coca-Cola. — a amiga de Carol pede e eu anoto.

Me viro para Carol que sorria para mim.

— E você?

— Me traga um x-burger duplo cheddar, garçonete.

Respiro fundo e pergunto sobre a bebida.

— Um suco de laranja.

Dou meia volta com os pedidos em mãos e entrego ao meu pai, que percebe meu semblante irritado.

— Ela não foi gentil? — meu pai perguntou me encarando e olhando Carol logo em seguida.

— Não suporto ela, pai. Mas deixe isso pra lá, trabalho é trabalho.

— Senta lá na mesa pra comer alguma coisa e pode deixar que eu atendo as garotas. Você não comeu nada ainda.

— Não precisa — insisti mesmo com a barriga roncando.

Não queria sentar para comer, muitas coisas estão acontecendo de uma vez e minha cabeça vai explodir se eu ficar sem nada para fazer por míseros dez minutos.

— É uma ordem dupla, estou mandando como seu pai e como seu chefe.

Encaro meu pai furiosa e deixo meu material de trabalho em cima do balcão, dou meia volta e sento uma deusa depois de Carol. Ela estava comendo seu lanche e sua amiga a pizza.

— Em breve todos vão saber quem é a Anônima e vão se surpreender. — Carol disse para a miga e, estranhamente, olha para mim e pisca.

— Você sabe quem é? — A menina perguntou quase em sussurro. Carol riu.

— Tenho uma suspeita. — Carol me olha novamente e eu baixo a cabeça, não queria olhar na cara dela. — Vamos logo, quero ir embora.

Foi como se tudo começasse a se encaixar em minha cabeça agora; A tal ameaça, a volta de Carol, o jeito que ela me olha e me trata... Ela sabe quem eu sou! Ela sabe que eu sou a Anônima e ela está me ameaçando.

É ELA!

...


Romance Anônimo - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora