||CAPÍTULO SETE - A SURPRESA||

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Eu estava paralisada.

Eu tinha ido trabalhar com meu pai novamente para poder comprar o vestido perfeito para o baile. Mas, assim que Lucca me abordou na lanchonete, senti meu chão sumir.

— É, eu sei a verdade, por favor não me esconda!

— Lucca, deixa eu explicar por favor! — implorei sentindo minhas bochechas queimarem. Virei-me para ele mas não consigo olhar em seus olhos.

— Se explicar? Por quê? — Lucca perguntou confuso.

Calma aí? Do que ele estava falando?
Ele tinha descoberto que sou a Anônima?

— Do que estamos falando? — perguntei-lhe antes de acabar confessando toda a verdade sem querer.

— Você é a amiga da Anônima não é? Foi você quem colocou a caixa com o presente dela em baixo da minha mesa, estou certo?

UAU! Homens conseguem ser inteligentes e burros ao mesmo tempo.

— Eu? Amiga da Anônima? 

E então, eu entro em uma crise risos.

Eu estava muito aliviada por ele achar que sou amiga da Anônima em vez de eu ser ela. Todo o meu nervosismo transformou-se em risos. Eu queria e tentei parar, mas quando percebi já estava enxugando as lágrimas e chegando na fase porquinho.

— Me perdoe, Lucca! — a vergonha tinha desaparecido por alguns minutos e consegui olhá-lo nos olhos. Minhas bochechas pegavam fogo e meu nariz está vermelho, aposto. Ainda o vejo um pouco embaçado por conta das lágrimas mas consegui ver que ele está confuso.

— Não entendi a risada.

— Lucca... — mordi a bochecha para conter outra crise de risos. Suspiro — Lucca. Eu não sou amiga da Anônima.

Eu sou a Anônima, baby.

— Como? — ele passou a mão nos cabelos e sua pele tornou-se avermelhada.

Ahh, um tomatinho tão fofo...

Fico admirando o Lucca enquanto ele está na fase ''vergonha''. O cheiro de seu perfume masculino está chegando até mim.

Injustiça! Eu tomo um banho de perfume e o cheiro sai em cinco minutos, já os homens passa um tiquinho de perfume e fica pelo resto do dia e ainda gruda na roupa.

Seu cabelo está bagunçado, mas de um jeito bonito. Ele está vestindo uma camiseta preta é uma jaqueta por cima. Suspiro apaixonada.

— D-desculpe! — implorou e eu dei um sorriso de lado. — Eu confundi... Então, por que estava me olhando tanto na aula hoje?

Ah, droga! Ele percebeu? Parabéns, Larissa, consegue nem admirar um menino e sair despercebida. 

— E-eu....É... Bom, eu tava pensando em te chamar para o baile! É, isso. — Ahh, boa garota. — Mas acho que já tem uma parceira né?

— é, tenho. — Lucca suspirou pensativo. — 

— Então, como v-você tem par e eu não, ficarei em casa maratonando Crepúsculo e Harry Potter, é o melhor que eu faço.

Pronto, álibi feito.

Lucca deu um meio sorriso e, preciso dizer que ele ficou mais lindo ainda? 

Antes que eu pudesse dizer ou fazer alguma outra coisa, me assusto ao receber um beijo na bochecha. Jorge aparece em minha visão logo depois e, sorrindo para mim, senta na mesa.

— E ai, Larissinha. — Jorge me manda uma piscadela e cumprimenta Lucca — Queria falar com você mesmo. Você quer ir ao baile comigo?

O QUÊ? 

Pani no sistema, por favor reiniciar.

Apenas percebi que meu queixo estava caído quando começou uma pequena dorzinha. A fechei rapidamente. 

— O-o quê? — pergunto incrédula.

Jorge sabe mais que qualquer coisa no mundo que eu odeio ir a festas e bailes. Ele deveria ser o último a pensar em me convidar para este baile.

Jorge e eu somos amigos desde criança, porém, nos afastamos ao decorrer do tempo. É claro que sinto muita falta dele, mas não posso fazer nada em questão disso. Alana ainda fala com ele as vezes e eu o cumprimento nos corredores, mas não é a mesma coisa. Nunca é a mesma coisa.

— Jorge... Eu..

—Pronto, Lari. Agora você não tem desculpas para não ir ao baile. Vai com o Jorge. — Lucca disse-me sorrindo. Eu tenho a impressão que seu sorriso não é verdadeiro. Vergonha? Decepção? Talvez.

Como se fosse fácil não é? Ir ao baile com o Jorge e deixar o Lucca? Ou deixar o Jorge e ir com o Lucca?

Eu estou ferrada isto sim!

— Então, o que me diz? — Jorge pergunta-me.

— E-eu vou pensar.

Dou a volta e saio rapidamente de perto dos garotos enquanto entrego o tablet para Melanie - a outra garçonete.

— Atente aquela mesa por favor? Não estou me sentindo bem vou para a casa. — informo a garota que assente e caminha para a mesa.

Minha cabeça estava girando e eu comecei a ter refluxos. O que estava acontecendo? Por que isso tudo?

Aviso meu pai que iria para casa. O mesmo ficou bem preocupado, mas insisti para ele ficar na lanchonete. Eu precisava de um tempo sozinha, ou com minha amiga. Eu não iria chegar ao meu pai e contar o meu problema

Ao chegar em casa, arranco minhas roupas e pulo para o banho. Minha cabeça latejava e eu conseguia ouvir uns zumbidos.

O que eu poderia fazer? Ir ao baile com o Lucca como Anônima ou ir ao baile com o Jorge como Larissa?

Ou melhor, mandar ambos ir para o inferno e ficar em casa?

Saio da água fria do chuveiro e me enrolo na toalha, ao pegar meu celular, vejo uma notificação de uma pessoa que eu nem lembrava ter o número - infelizmente.

E, ao ler a mensagem, meu coração para totalmente.

...

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Romance Anônimo - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora