Capítulo 13

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— Então foi por isso que andou sumido?

Denki parou lentamente o movimento de seus dedos sobre os ombros do arroxeado e semicerrou os olhos. A pomada na qual havia passado sobre as marcas no pescoço do arroxeado estava sendo esfregadas para evitar dores futuras. O quarto já não tinha a lâmpada roxa na qual Kaminari tratou de trocá-la, na sua frente Shinsou estava sentado em silêncio, vestindo apenas uma cueca e blusa comprida enquanto recebia massagem nos ombros.

E, as duas peças de roupa na qual vestia pertencia a kaminari.

— Andou me procurando? — Murmurou em resposta, havia um pinguinho de perversidade no tom de voz do loiro que fez Shinsou mexer o corpo inquieto na cama. Denki sorriu pelo canto dos lábios, as mãos se afastaram dos ombros do arroxeado, Shinsou estremeceu pela falta das mãos quentes em sua pele. — Por mais que não pareça, foi difícil achar algumas coisas pra conseguirmos estar aqui.

Hitoshi olhou por cima do ombro, a confusão confusa ao ouvir o barulho de Denki se mexendo na cama até pegar pincéis de maquiagem.

— Isso também faz parte? — Perguntou, a sobrancelha arqueada. Kaminari apenas assentiu, colocando o cabelo pra trás da orelha enquanto esfregava o pincel no pózinho que conseguia ser exatamente do tom de pele de Hitoshi.

— Vira pra mim. — O arroxeado sentiu a pele arrepiar com a ordem saindo num timbre arrastado dos lábios do loiro. Girou o corpo devagar sobre a cama até estar de frente pro mesmo.

Kaminari levou a mão até a cintura de Shinsou, os dedos firmes segurando as curvas na qual sempre adorava, sobre o olhar preso do rapaz, se deixou ser levado pelo aperto do loiro que lhe aproximou ainda mais pra perto. Viu quando Denki ergueu o braço, encostando a ponta do pincel e deslizando cuidadosamente sobre o local onde estavam marcadas pelos dedos de kaminari. Era apenas uma situação normal, mas, Hitoshi mal conseguia respirar pelo olhar sério que Denki estava, a firmeza em sua cintura enquanto parecia puto e concentrado ao mesmo tempo para cobrir aquelas marcas.

— Deveria ser apenas pra chupões, mas você me fez sair do controle. — Denki Sussurrou, o cenho ainda mais franzido e a voz grave acertando a pele de Shinsou que se arrepiou bruscamente.

— Você gostou. — Afirmou baixinho, sentiu a respiração acelerar quando a cintura foi apertada debaixo dos dedos do loiro e o mesmo lhe olhou da forma mais primitiva possível.

— É claro que eu gostei, porra. — Grunhiu, vendo que as marcas aos poucos desapareciam, Shinsou deixou um suspiro fraco escapar dos lábios pelos dedos de Denki adentrarem pra debaixo de sua blusa, finamente tocando a pele pálida. — Uma puta sacanagem elas precisarem sumir.

Uma pergunta interna na mente de Shinsou quis saber o por que do loiro parecer irritado com a necessidade das marcas sumirem. Sendo que no fundo, o desejo dos dois eram iguais, kaminari queria deixar sua marca na pele pálida de Shinsou pra sempre se tivesse chance, assim como o arroxeado, que queria ficar sentindo o ardor no pescoço e na cintura que só o loiro conseguia fazer. Em alguns segundos os dígitos ficaram debaixo da camada do pó de maquiagem, e constatando aquilo, Shinsou mordeu o inferior pela oportunidade que poderia ter.

— Pode passar debaixo dos meus olhos? — Hitoshi perguntou em meio ao silêncio daquele quarto iluminado apenas com a luz do abajur, kaminari mirou as íris douradas na direção do arroxeado, suas expressões séries e questionadoras. — Pra me cuidar, e não parecer tão caótico com essas olheiras.

— Quem te disse isso? — Foi ríspido e rápido em sua pergunta. Shinsou pressionou os lábios, deixou as costas caírem sobre o colchão e desviou o olhar pro lado. — Hitoshi Shinsou. — Estapeou a coxa do rapaz e apertou com firmeza, o fazendo rapidamente soltar um grito surpreso. Vendo o arroxeado mordendo o inferior mas ainda não lhe respondendo, ergueu a mão no ar para depositar mais um tapa, Shinsou rapidamente ergueu as duas mãos em sinal de rendição.

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