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         Heather suspirou ao olhar para a tela de seu celular, fazia uma semana desde que sua irmã havia lhe mandado notícias, dizendo que havia contado a mãe sobre o que havia sofrido e isso trouxe um grande alívio a caçula, mas uma semana depois...

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         Heather suspirou ao olhar para a tela de seu celular, fazia uma semana desde que sua irmã havia lhe mandado notícias, dizendo que havia contado a mãe sobre o que havia sofrido e isso trouxe um grande alívio a caçula, mas uma semana depois, era exatamente o que estava fazendo seu coração se afundar em seu peito, pois já era domingo novamente e ela havia prometido que lhe manteria informada sobre tudo, e não o estava fazendo.

           -Se não se sentir bem para trabalhar esta semana, não precisa, meu amor - Murmurou Morgana, tirando os olhos do livro que lia no momento, o mesmo que vinha lendo pela última semana desde que Campbell o emprestara para ela, sentia o quão receosa estava sua namorada, também se sentiria da mesma forma se fosse um de seus irmãos no lugar de Hannah, ainda que não gostasse muito da moça, ainda assim, era sua cunhada.

          A menor deixou o celular de lado e olhou para a francesa, que deixou o objeto em suas mãos sobre a mesa de cabeceira da moça. - Me desculpa, ma fée - Disse beijando sua coxa antes de se levantar e se encaixar entre seus braços, que a acolheram sem pestanejar, sua cabeça sobre o peito da mais velha.

               Estavam em seu apartamento, naqueles últimos sete dias, aquele era um dos lugares que mais passavam o tempo, além da empresa e da Mansão Kalivas, onde sempre havia festa quando Heather chegava e iluminava o lugar com sua leveza, que naquele instante estava quase que completamente ausente. Suas sobrancelhas estavam contraídas, assim como os lábios, estava preocupada e era claro em sua expressão.

          -Tá tudo bem, ela é sua irmã, eu entendo - Disse a mais velha, lhe acariciando as costas, da lombar até os ombros e a nuca, seus dedos finos se emaranhando nos cabelos que sem a tintura começava a se mostrar de um castanho quase tão escuro quanto o preto, exceto quando a luz lhe atingia os fios e mostrava um tom parecido com o mogno. Na primeira vez que viu aquilo, perguntou para sua amada porque os pintava.

    "Meu pai nunca gostou de nossos cabelos serem castanhos..."

         Foi simplesmente o que falou antes de mudar completamente de assunto durante um dos jantares que compartilharam, o assunto parecia lhe doer demais para mencionar, por isso, a Kalivas não voltou a tentar questioná-la sobre. Permaneceram em um silêncio agradável, haviam aprendido que não precisavam realmente conversar o tempo inteiro se estavam na companhia uma da outra, apesar do diálogo ser sempre necessário, havia uma comunicação silenciosa entre elas, uma conexão que nenhuma delas entendia muito bem.

             Morgana aproveitou o silêncio para analisar o quarto em que estavam, a cama de casal não possuía uma cabeceira, mas era grande o suficiente para ambas se acomodarem com facilidade, mas não o suficiente para ocupar todo cômodo, deixando bastante espaço para transitarem, os lençóis e cobertores sob seus corpos eram cinzas, brancos e pretos.
  
            As paredes estavam pintadas de preto, como a moça pintava os cabelos. Ao lado direito da cama, a mesinha onde ela havia colocado o livro, e do lado da mesinha, um vaso com uma samambaia um tanto grande, as folhas tocando a cortina que antes cobria completamente a grande janela que servia de parede também, com partes metálicas que davam um ar um tanto rústico ao lugar, a vista noturna de Manhattan mantendo a mulher hipnotizada enquanto aproveitava o calor de sua namorada.

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