Prólogo

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Até que morrer não seria uma má ideia, eu não tenho mais razões para permanecer respirando, permanecer lutando cada segundo da minha vida.

Não havia mais esperanças, eu já estava ciente que a qualquer momento meu coração iria parar de bater, era uma questão de minutos até isso acontecer.

Cansei de lutar, cansei de tentar mudar o meu presente e futuro, eles já estavam traçados, não havia mais saída, apenas aceitar o simples fato; minha morte traria bem mais benefícios do que malefícios para as pessoas.

Todos os músculos do meu corpo doíam, era difícil de respirar, minha barriga roncava por comida. Já faziam o que? Uma semana que eu não comia nada.

Minha bandana estava riscada, o símbolo da Vila da Folha não significava mais nada de bom para mim, apenas dor e sofrimento.

Meus joelhos cedem, sentindo o contato da terra molhada em contraste com a minha pele quente. A minha visão começa a ficar turva, estava chegando a hora, eu iria me entregar completamente para a escuridão.

Antes que eu pudesse apagar e sentir minha dor aliviar, duas mãos seguram meus ombros. Eu não tinha força para me debater, ou me virar para trás para ver quem era, então permaneci ali, impotente.

— Você precisa de comida. — Uma voz masculina soa nos meus ouvidos.

— De isso a ela. — Outra voz, mas agora feminina fala perto de mim.

Minha mente estava confusa, eu não queria comida, eu não queria sobreviver mais nesse mundo cruel.

Sinto algo contra os meus lábios, alguma coisa salgada; um pão.

Minha fome era tão grande, que o meu impulso foi maior do que qualquer neurônio do meu cérebro. Quando eu me dei conta, eu já estava devorando aquele pedaço de pão.

Fecho os olhos com força, respirando fundo.

As duas pessoas aparecem em minha frente, eles usavam mantos pretos com nuvens vermelhas, suas bandanas eram riscadas, assim como a minha.

— Uchiha Akemi... Ouvimos muitos boatos sobre você. — O homem ruivo com piercings em todo o rosto estende a mão para mim.

Olho para a garota de cabelos roxos ao seu lado, ela me olhava com compaixão, e um certo tipo de carinho.

Sinto uma dor latejante em minha cabeça, eu estava tão confusa.

— Somos da Akatsuki, gostaríamos de saber se você quer se juntar a nós. — Pego na mão do ruivo, que me ajuda a levantar em um só movimento. — Meu nome é Pain.

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