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— Tá vendo aquilo ali? — Obito apontava para a montanha, onde ficava as esculturas dos rostos dos Hokages.

Puxo as mangas da blusa, concordando com a cabeça.

— Um dia você verá meu rosto ali. — Ele se vira para mim, dando um sorriso. — Eu serei Hokage.

•••

— Sou Akemi.

Fito por alguns instantes o garoto mascarado, algo nele me deixava desconfiada, não sabia o que achar direito.

Ele puxa outra cadeira, se sentando ao meu lado.

Olho para Pain, ele estava quieto, não ousava dizer uma só palavra.

Volto meu olhar para o Tobi, pegando uma fatia de pão e oferencendo para ele com um gesto, quem sabe ele não tira a máscara para comer... Assim poderei ver sei rosto.

Ele solta uma risadinha.

— Pensei que você nunca fosse me oferecer! — Ele junta as mãos, cantarolando.

Entrego o pacote, ele logo pega um.

Sinto meus lábios se repuxarem em um sorriso, foi fácil demais...

Mas ele se vira para o lado oposto, retirando a máscara. Tento olhar, mas minhas tentativas foram vãs, quando eu me virei mais para o lado, ele já estava com a máscara de novo.

Suspiro.

Foi tolo da minha parte achar que seria tão fácil assim. Semicerro os olhos e o fico encarando.

Sinto Pain olhando para mim.

— Por que você usa essa máscara? — Pergunto.

Tobi coloca o dedo indicador na parte debaixo da máscara, como se estivesse pensativo.

Era horrível isso!! Eu não conseguia ler suas expressões, me deixando totalmente cega na hora de me dirigir a ele.

— Se eu contar perde toda graça! Hihi. — Ele diz brincando com o plástico do pacote de pão.

Me jogo para trás na cadeira, deixando minha cabeça tombar para frente.

— Por que você está toda molhada? — Pain fala no meio do nada, fazendo eu me atrapalhar um pouco na cadeira e quase cair. — Tá molhando toda mesa e o chão.

Olho ao meu redor, realmente, eu estava molhando tudo.

— Tava tomando banho. — Dou de ombros, batucando os dedos na mesa.

Pain suspira, levantando da cadeira.

— Vocês sairão daqui algumas horas, quando o sol nascer... Depois darei as informações certas. Acho melhor vocês irem dormir. — Ele sai da cozinha, me deixando apenas com a companhia de Tobi.

O garoto ao meu lado solta um barulho de bocejo, esticando os braços para cima.

Fico me perguntando, como ele poderia fazer parte de uma associação de criminosos? Ele parecia tão... Inocente.

— Posso te fazer outra pergunta?

Ele parecia ter sido pego de surpresa, mas logo se endireita e concorda com a cabeça.

— Por que você tá aqui?

— Ah, o senhor Pain me chamou! Achei legal! Parecemos todos um time.

Tá, ele não queria me dizer a verdade.

Me levanto da cadeira, indo em direção a porta da cozinha.

Geração do ódio Onde histórias criam vida. Descubra agora