Geração do ódio

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O homem em minha frente sorria mostrando seus caninos, que eram inacreditavelmente brancos. Ele passa a mão por seus cabelos platinados, fazendo seu abdomen nu se contrair. Seu manto estava cobrindo apenas do quadril para baixo.

— Por Jashin, finalmente temos novos membros... e que não são homens. — Ele puxa uma cadeia ao meu lado e se senta, a cadeira range em protesto, mas ele apenas ignora.

— Quando vou ganhar meu uniforme? — Olho para Konan com um sorriso esperançoso.

Ela apenas ignora a presença de Hidan, assim como eu e continua comendo seu ramen.

— Quando você se alimentar direito e tomar um banho.

Como rapidamente o meu ramen, ignorando a dor que ele causava, devido a temperatura elevada do macarrão em contato com a minha língua.

Pego o meu chauan, lavando a louça na pia e colocando para escorrer. Me alongo, estralando todos os ossos da minhas costas.

— O que você faz? — Me viro fitando o Hidan, havia esquecido completamente que ele estava ali.

Dou um sorriso inocente, colocando meus cabelos para trás.

— Nem eu sei... Mas qual é do estilo sem camiseta? — Me encosto na pia, cruzando os braços sobre o peito.

Konan levanta, dou espaço para lavar sua louça, e logo ela se retira da cozinha, sumindo do meu campo de visão.

— O que é bonito deve ser exposto.

— Akemi? — Itachi entra na cozinha, dou um sorriso, que se abre mais ainda ao ver seu desconforto. — Vou te mostrar onde é o banheiro.

Passo pela mesa, onde Hidan me fita, com um sorriso de lado murmurando algo consigo mesmo. Apenas ignoro, não fazia alguma diferença na minha vida.

Sigo Itachi, que para bruscamente no meio do corredor, fazendo eu tropeçar no meu próprio pé.

Me endireito e franzo o cenho.

O que ele estava fazendo?

— Eu estou curioso... Onde você estava?

Solto uma gargalhada, colocando a mão na frente na boca.

— Por que? Não lembra te der me matado? — Respiro fundo. — Orochimaru me sequestrou, aquela cobra sequelada.

— Então você sabe...? — Ele me olhava com um certo tipo de receio.

Eu não tinha mais sanidade alguma, o massacre ao meu clã não me perturbava, não culpava Itachi pelo fim que ele teve, suas ideologias eram nobres demais para serem julgadas.

E bom, por que levar em consideração aqueles quem queriam me ver morta? Aqueles que preferiam que eu sumisse, aqueles que trouxerem a própria destruição.

Se não fosse a merda da rebelião que queriam fazer, Shisui talvez estaria vivo... Não tirando a culpa do Danzou, ele tinha sua parte de culpa no caso, um pequeno detalhe que eu iria resolver.

Sempre que lembro de minha família são em borrões, pequenos fragmentos de conversas que me enojavam e me faziam sentir raiva.

•••

— O que você está fazendo aqui? — Meu pai me olhava com nojo.

Fecho as minhas mãos, escondendo as bandagens ensangüentadas atrás das costas.

— Eu estava treinando... Fiquei com sede.

Abaixo a cabeça, passando por ele e indo até a cozinha, evitando ao máximo seu olhar sobre mim.