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Segundo Tobi, estávamos a alguns minutos do endereço que Pain estava, o suposto novo esconderijo de Orochimaru.

Meus pelos estavam arrepiados, eu me sentia como uma presa caminhando até o predador.

Isso era muito estranho.

Tobi caminhava cantarolando, tivemos que parar umas 3 vezes desde que amanheceu para ele comer, e olha que ainda não são nem meio dia.

Depois de tudo o que eu lhe disse, o garoto não tocou mais no assunto, o que me fez agradecer mentalmente por isso... Mas também me fez parar para pensar; eu não sabia nada dele.

— Tobi...

O garoto para de cantarolar, murmurando um "hm" em resposta ao meu chamado.

Pigarreio.

— Eu te respondi mais perguntas do que você me respondeu... Acho que você me deve algumas respostas. — Faço uma pausa. — Não é assim que o seu jogo funciona?

— O que você quer saber, Akemizinha?

— Você disse alguma coisa sobre saber o verdadeiro sentimento quando vê a sua vida passando por seus olhos, o que você quis dizer com isso?

Ele para por alguns segundos, me fazendo olhar para ele, mas logo volta a andar.

— Digamos que eu quase morri... E nisso eu pude enxergar com clareza muita coisa.

Pensando assim, quando eu estava prestes a morrer, a única coisa que eu podia imaginar era Obito e Shisui... Ele deve ter razão, para tornar tudo menos doloroso, nossa mente se apega as únicas coisas que nos fizeram felizes um dia.

— E o que você viu quando isso aconteceu? — Pergunto chutando uma pedrinha que estava no meu caminho.

— Pensei mais precisamente em três pessoas... Mas quando eu fui apagando, só uma delas ficou bem clara em minha memória.

Antes que eu pudesse falar mais algo, ele para de andar, me fazendo o olhar novamente, mas agora eu sabia porquê tínhamos parado.

Havíamos chegado ao nosso destino.

O esconderijo do Orochimaru.

Engulo em seco, olhando a grande caverna a minha esquerda. O seu interior era escuro, e eu não podia ouvir nada saindo dali.

Tobi olha para mim, entrando na caverna, apresso os passos para ficar ao seu calcanhar.

Cada passo que dávamos, lembranças dos anos em que fiquei com Orochimaru, invadiam com força os meus pensamentos, me deixando um pouco desnorteada.

•••

E se mudássemos sua herança genética, será que seu sharingan ainda funcionária? — Orochimaru olhava para mim com os olhos arregalados, segurando uma seringa, que vazava um líquido roxo.

Eu já havia desistido que lutar contra isso, de tentar sair daqui, já havia desistido de lutar pela minha vida, aceitando que Orochimaru fazia o que bem quisesse comigo.

Ele enfia a agulha no meu braço, a dor não me incomodava tanto quanto no começo, não me mexi, fiquei observando o teto. Orochimaru injeta o quer que seja em mim, me fazendo me contorcer um pouco de dor, aquilo estava me fazendo queimar.

Que merda é essa?! — Cerro o maxilar, aquilo ardia mais do que o veneno que ele estava acostumado a me submeter.

Ele me não me machucava mais.

Geração do ódio Onde histórias criam vida. Descubra agora