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Sinto minha garganta fechando, hesito.

Como assim, ele reconhecia meu Chakra?

Kakashi pigarreia.

— Você tem o mesmo fluxo de uma pessoa que eu conheço... — Permaneço quieta, sem mexer um músculo sequer.

Por um segundo, pensei que ele havia me reconhecido, mas logo o mesmo abaixa a cabeça.

— Sumimasen, você deve pensar que estou implicando com você. — Kakashi coloca as mãos no bolso e começa a andar.

Solto todo o ar de meus pulmões e o sigo, ignorando a fisgada no meu peito... Mas não era algo ruim, como angústia ou qualquer coisa do tipo; Era uma fisgada de esperança.

Caminhamos em silêncio, eu daria tudo para saber o que Kakashi estava pensando. Eu gostaria de saber como ficou sua cabeça sendo o único que permaneceu... Primeiro Obito, dpepois a Rin e o Minato.

Entramos em um prédio, que deveria ser a unidade de Inteligência.

Algumas pessoas me observavam de soslaio, me fazendo ficar um pouco incomodada. Eu nunca era o centro das atenções.

— Olá, Kakashi. — Um homem loiro recaí seu olhar do Hatake para mim.

— Inoichi. — Kakashi faz um gesto com a cabeça. —A Tsunade... — Antes que ele terminasse de falar, o tal de Inoichi fala.

— Sim, ela me passou todas informações... Então. — Ele se vira para mim. — Hana?

Concordo com a cabeça.

— Você não lembra de nada?

Nego.

— Muito bem, pode vir aqui. — Ele aponta para algo estranho de metal grande, que parecia estar aberto, como um casulo.

Dou passos firmes até ali. Eu não estava com medo ou aflita, ansiosa para saber se doía... Depois de tudo que Orochimaru me fez passar, acho que isso aqui não seria nada.

Mas uma coisa me incomodava; eles não podiam em hipótese alguma saber realmente o que tem em minha mente.

— Tenta não machucá-la... — Ouço Kakashi murmurar para Inoichi.

Não consigo reprimir meu sorriso.

Ironia, era a palavra que definia isso.

Entro naquele casulo, que se fecha ao redor de meu corpo, deixando apenas minha cabeça de fora.

Inoiche faz um gesto com a mão, outros ninjas entram na sala, alguns vão para atrás de mim, mas não consegui vê-los.

Fechos os olhos, respirando fundo.

Sinto toques de mãos em minha cabeça, eles haviam entrado no meu subconsciente.

Em uma hora eu estava naquela sala, e em outra, eu estava dentro do meu cérebro, vendo tudo o que aqueles ninjas drenavam de minhas memórias.

Era tudo escuridão.

Não tinha nada em minha cabeça, apenas vazio e mais vazio.

Sinto uma dor latejante em meu lado esquerdo da cabeça, alguém estava tentando quebrar a barreira. Tento manter minha mente blindada, sem perder o foco.

Não sei dizer por quanto tempo havíamos ficado ali, mas agradeço mentalmente quando volto para aquela sala. Já estava ficando degastada, a barreira não iria aguentar tanto tempo á mais.

Pelo menos uma coisa útil que Orochimaru havia me ensinado.

Abro os olhos, demorando alguns segundos para me acostumar com a luz forte que havia no local.

Geração do ódio Onde histórias criam vida. Descubra agora