Capítulo 18 - Dançando por um anel de jade

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Cheguei ♡

Hoje só vou desejar boa leitura pra você rapidinho, espero que gostem do capítulo! Nos vemos domingo ♡

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Niki estava tomando o café da manhã quando Jay entrou na casa segurando um papel em mãos e parecendo um pouco preocupado. Aquele era o tipo de mensagem que eles recebiam quando tinham uma nova missão a fazer, por isso o mais novo ficou animado no mesmo instante.

- É uma missão? O que é? – ele perguntou, engolindo rápido a comida – Já faz um tempo que não temos trabalho...

- Não é nada novo – o mais velho suspirou – Ainda aquela mesma joalheria, perguntando se já conseguimos recuperar o anel... – ele levou uma das mãos à cabeça – Estou detestando essa situação, vai fazer a nossa fama cair muito se não conseguirmos esse anel de volta.

Niki ficou olhando para ele e não disse nada, mas em sua mente ele ainda lembrava de como, da última vez, Sunoo segurou com força aquele anel em seu peito, o que provava que ele não estava mentindo quando disse que era importante.

Depois que Jay decidiu ir debater o assunto com Kai, o mais novo foi até uma caixinha de madeira que estava no canto da mobília da sala. Lá dentro estava todo o dinheiro que ele tinha feito dançando no festival, uma grande quantidade de moedas de prata e algumas de ouro. Sem que os demais vissem, ele colocou a caixa dentro de uma sacola e saiu porta afora.

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- Você acha que é o suficiente?

Meia hora mais tarde, ele estava diante da dona da joalheria, a caixa de madeira em cima do balcão, exibindo todas aquelas moedas. A mulher deu uma olhada e balançou a cabeça.

- Não é o suficiente – disse – O anel de jade é bem caro.

- Quanto mais caro do que isso?

- Dez moedas de ouro.

- Dez? – Niki franziu o cenho – Caramba...

- Mas você pode pagar parcelado – ela continuou – Eu aceito essas moedas por enquanto, e depois você paga as dez que faltaram.

O mais novo olhou para a mulher e debateu sobre aquilo. Conseguir de moedas de ouro não seria nada fácil, mas tirar aquele anel de Sunoo seria ainda pior. Ele já tinha inventado toda uma história de que tinha recuperado o anel dos ladrões e que queria presenteá-lo a alguém que ele gostava, por isso tinha ido fazer a proposta. A dona da loja pareceu acreditar naquilo, o que não prejudicaria a boa popularidade dos cavaleiros. Pesando todas essas coisas na balança, ele achou que conseguir as dez moedas valia a pena.

- Certo – ele assentiu – Vou trabalhar duro para trazer as dez moedas para você.

Ao sair da loja, Niki olhou para os lados, para a rua apinhada de pessoas que iam de um lado ao outro. Como a demanda de trabalho andava fraca ultimamente, ele não tinha outra escolha senão ganhar dinheiro do jeito que sabia: dançando.

No final daquela manhã, ele correu para casa e pegou o gramofone¹, o carregou com esforço nos braços até a rua mais movimentada do centro e o colocou em cima de um muro baixo. Depois de girar a manivela, uma música alegre começou a tocar e ele se posicionou em frente para demonstrar alguns dos passos que sabia. A princípio, ele dançou para o nada, até que um grupo de crianças pequenas se reuniu para assistir. Meia hora mais tarde, além das crianças havia também um gato, uma senhora e alguns transeuntes que tinham parado para assistir. Na caixinha de madeira que ele havia posicionado em sua frente, havia duas balas de caramelo e três moedas de prata. Ainda era pouco, é claro, mas era melhor do que nada. Se conseguisse reunir trinta moedas de prata, podia trocá-las por uma moeda de ouro, e então faltariam apenas nove. Era um trabalho longo, mas ele gostava de dançar, então não se importou. No fim das contas, sua consciência estava tranquila e isso era o mais importante.

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