O Príncipe do Vento

Capítulo 34 - De volta para casa

Gente vou fazer a egípcia aqui e fingir que eu não esqueci de postar o capítulo tá? kkkkkk

Como tô atrasadona, só vou largar aqui e correr pra deixar vocês lerem!

Nos vemos domingo ♡

_________________________

Naquela noite, o segundo príncipe não conseguia dormir. Ele se virou para um lado, depois para o outro e terminou atirando o cobertor e os travesseiros no chão, nervoso. Ele não conseguia parar de se perguntar se aquele cavaleiro iria voltar para dar aulas no dia seguinte ou se iria mesmo seguir a ordem que ele tinha dado de nunca mais aparecer por lá.

Verdade seja dita, ele estava torcendo para que ele fosse desobediente o suficiente para não acatar sua ordem.

.

.

.

Quando o sol nasceu no horizonte, os quatro cavaleiros se reuniram para dizer adeus ao primeiro príncipe, com o qual haviam convivido pacificamente nos últimos meses. O que tinha começado como um plano para atormentar o rei, acabou dando a eles um novo amigo. Por isso, todos estavam melancólicos naquela despedida, especialmente Jake.

Sunghoon não tinha ideia do que aconteceria a seguir, mas ele tinha um plano em mente sobre como voltaria para casa sem levantar qualquer suspeita sobre aqueles cavaleiros. Chan ficou nos braços de Niki o tempo todo, enquanto ele se despedia dos demais um a um.

- Se for possível, espero que possamos nos tornar bons amigos no futuro – Kai falou enquanto o abraçava.

- Eu adoraria ter um amigo como você – Sunghoon sorriu e o apertou com força.

Jake estava esperando mais afastado dos outros, sua expressão era difícil de se ler, uma mistura de tristeza e conformidade. Quando Sunghoon se aproximou, os dois estavam estranhamente quietos demais.

- Nós vamos nos ver de novo – o cavaleiro disse.

- Nós vamos – o príncipe assentiu.

Chan olhou de um para o outro e então estufou suas bochechas, pulou dos braços de Niki e em segundos já estava grudado nas bochechas de Jake, estapeando-o. Aquele ataque tinha sido tão inesperado que ele nem teve tempo de se preparar. No entanto, também serviu para quebrar o estranho gelo entre eles.

- Desculpe, desculpe, - Sunghoon prendeu o pinguim com força em seus braços – Está tudo bem?

Jake alisou suas bochechas avermelhas e lançou um olhar mortal para Chan, que o retribuiu na mesma intensidade.

- Da próxima vez, vamos ter uma batalha – ele o intimou – Você e eu.

- Eu? – Sunghoon perguntou confuso.

- Não, o Chan – Jake explicou.

Chan balançou freneticamente a cabeça em concordância e todos os demais ficaram sem saber o que dizer. Aquela era a primeira vez que um humano desafiava um espírito animal para uma batalha, mas bem parecia que aqueles dois seriam inimigos mortais.

Por fim, o pinguim permitiu que Sunghoon e Jake se despedissem com um abraço apertado e milhares de palavras não ditas. Nenhum dos dois sabia como seria daqui para a frente, a única coisa que tinham eram aquelas promessas de que se veriam de novo, de algum jeito.

Quando o príncipe partiu sozinho, foi difícil vê-lo se afastando por trás, até por fim desaparecer. Jake não sabia como ia ser dali em diante, ele não poderia mais ir ao bunker para treinar com ele, para conversar sobre banalidades ou dividir uma cama. A partir de agora, eles estavam em posições diferentes, separados pelos grandes muros do palácio de Norwana.