O Príncipe do Vento

Capítulo 60 - O último adeus

Olá Altezinhas! ❤️

Toda vez que eu chego no último capítulo de uma fanfic me dá uma dor! E com essa aqui não foi diferente, esse foi um projeto que eu tô trabalhando desde outubro do ano passado e que me deu tanta dor de cabeça quanto me deu felicidade! Pra ser sincera, essa fic fugiu muito da minha zona de conforto, eu não me considero boa pra escrever cenas de luta ou guerra, essa foi a primeira vez que tentei fazer e acredito que ainda exista muito espaço pra melhorar, mas foi uma experiência boa.

Essa fic foi muito inesperada, quando eu comecei a história por um príncipe que faria um pacto com um demônio e voltaria por vingança, eu não imaginava que um dia eu chegaria a chorar aos prantos porque eu tive que matar meu personagem favorito, aquele segundo príncipe que quando comecei a escrever, eu nem tinha plot pra ele direito! (e Jaywon nunca iria acontecer kkk). E eu termino orgulhosa porque eu acredito que de todas as minhas fics e livros, Jungwon foi o personagem que eu mais tive prazer em escrever, virou o favorito no meu coração de mãe ❤️

Enfim, mas serei breve na minha despedida aqui! Queria dizer que algumas pessoas terminarão essa história felizes e outros terminarão tristes (isso vale tanto pra vocês quanto pros personagens!). Mas sinto que, apesar de não ter criado um conto de fadas, eu fiz o melhor que eu me propus a fazer, e me sinto orgulhosa de entregar esse final pra vocês hoje. Muito obrigada a todo mundo que acompanhou essa fanfic até o final, aos que comentaram e aos que leram quietinhos. Obrigada pelo apoio e pelas palavras de incentivo, vocês são a minha maior motivação!

Tenham uma boa leitura, e nos vemos novamente nas notas finais! (pfvr, leiam lá quando terminarem!) ❤️

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Choveu por toda a noite, como se o céu estivesse incapaz de segurar as próprias lágrimas.

Aquela foi a noite mais silenciosa que a capital de Norwana já enfrentou, muitas pessoas estavam chorando pela morte de seus entes queridos na batalha, assim como pelo sacrifício de seu benevolente rei. Muitos ficaram dentro de suas casas, unindo as mãos enquanto rezavam para que todas aquelas almas descansassem em paz. Outros estavam carregando os corpos dos familiares debaixo daquela chuva pesada, para dá-los um enterro em paz. Enquanto isso, os soldados também levavam para longe os corpos dos Monários e a pedido de Kai, os enterravam dignamente. O cavaleiro achava que mesmo que eles fossem os causadores de tanta dor, mereciam um enterro apropriado como qualquer pessoa.

O palácio estava assustadoramente quieto.

O corpo de Jungwon estava em cima de uma mesa de prata no centro do salão principal, cercado de flores. Miyoung estava sentada diante dele, seus olhos parados e avermelhados pelas lágrimas que ela não conseguia segurar. Ela achava engraçado como tinha odiado tanto aquele rei no passado, houveram momentos em que ela mesma quis enfiar uma espada no peito dele. Agora, no entanto, tudo no que conseguia pensar era no olhar de Jungwon, nas palavras doces que lhe disse e no quanto sentiria a sua falta. Ela não o amava romanticamente e nem nunca iria, mas a cada pessoa que se aproximava para lhe prestar condolências, ela agradecia de coração. Perdê-lo era realmente um baque e ela sempre se lembraria dele.

Kai estava sentado sozinho em seu quarto escuro, apenas ocasionalmente iluminado pelos raios que caiam do lado de fora. Ele havia sido examinado por um médico e nenhum de seus ferimentos era grave, ele precisou de alguns pontos e alguns curativos e teria que fazer um período de repouso, mas ficaria bem. No entanto, seu psicológico estava muito abalado, ele ainda via o rosto do falecido irmão em seus braços e sua mente reprisava a forma como ele tinha se colocado diante daquela espada para salvar todo mundo. Durante anos, Kai havia criado em sua cabeça uma imagem distorcida dos Park, apenas para que pudesse se sentir melhor consigo mesmo e o complexo de inferioridade que tinha por ter sido abandonado pelo pai. Agora, no entanto, tudo no qual conseguia pensar era que aqueles dois irmãos eram mesmo merecedores de tudo o que tinham, eles eram dignos da realeza.