O1-Anjo e Demônio

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30 de outubro 2021
Seattle, Washington.

Eu e Jisoo estávamos em meu quarto nos preparando para o dia seguinte, amanhã seria a tão famigerada festa de Halloween que a nossa escola dava.

Todos os anos os alunos de todas as séries iam fantasiados e ocorria uma mini festa de Halloween, com direito a concurso e tudo.

Nós sempre íamos com fantasias combinando, no ano passado havíamos ido de Ana e Elsa, do Frozen, este ano estávamos indo fantasiadas de Demônio e Anjo. Eu era o Demônio e ela o Anjo Caído.

Eu a observo arrumar sua asa negra em seu corpo para que não ficasse torta, e então se vira para mim. Jisoo não estava usando uma fantasia porque ela sempre deixava sua fantasia para o dia do Halloween, por isso, usava apenas uma calça Skinny e uma camiseta cor de rosa com a escrita "Baby Girl" e alguns adereços fofos. Quando ela apareceu em minha casa vestindo aquilo eu ri até me faltar ar, mas não é como se fosse mudar algo.

—Ficou bom? —Ela pergunta, enquanto me olhava com seus lindos olhos negros brilhando.

Anui em concordância para que ela entendesse que tinha ficado bom, afinal, ela ficaria boa com qualquer roupa.

Jisoo da algumas palmas enquanto dava pulinhos e parecia uma criança de cinco anos naquele momento. Ela aponto para minha fantasia e diz:

—Vista, quero ver como fica o arco de demônio em você.

Pego o arco que estava em cima de minha cama e me levanto indo até minha amiga, assim que o coloco ela sorri.

—Já prevejo piadas idiotas sobre isso. —Digo sorrindo, por mais que eu não me importasse se estavam falando bem de mim ou não.

A muito tempo havia adotado um lema: "Fale bem ou fale mal, mas fale de mim" e este lema funcionava muito bem, principalmente na escola.

—Vão falar de nós duas. —Dá de ombros. —Não haja como se, se preocupasse com os comentários alheios.

É, ela tinha razão, não podia me dar ao luxo de ficar criando coisas em minha cabeça. Afinal, eu só teria a mim em toda a minha vida e aprendi isso desde muito nova, tão nova que às vezes me arrependo de ter aprendido com isso e lidado com coisas do tipo por longos dezesseis, quase dezessete anos.

Dou um longo suspiro e retiro o arco, logo, tendo minha porta aberta sem ao menos bater. Nesse exato momento sabia que era; Jeon Jungkook, mais conhecido como meu irmão mais novo babaca. Nós não tínhamos uma longa diferença de idade, apenas alguns meses, tendo em vista que fui adotada aos cinco anos pela família Jeon. Mas meu sobrenome continua o mesmo já que mamãe disse que ele é que conta minha história, por pior que seja ela. E ela tem razão, porque as mães sempre tem razão.

Quando nossos pais se divorciaram foi estranho. Minha mãe quis os filhos, e meu pai apenas lutou pela casa e guarda do nosso gato na época, que era chamado de Sr.Bolinhas, porque seu pelo era cheio de pontinhos pretos e redondos. Ao contrário de mim, Jungkook tem um vínculo com nosso pai, não sei exatamente se é porque eles tem o mesmo sangue, ou se talvez seja porque nosso pai apenas conversa com meu irmão. Tenho quase certeza de que é a segunda opção.

Eu, minha mãe e Jungkook nos mudamos para Seattle quando tínhamos dez anos, e foi extremamente difícil para nós dois no início e primeiro dia de aula, éramos os novatos numa turma cheia de gente metida a besta, e a única pessoa que veio falar conosco imediatamente foi Jisoo, ela nos apresentou tudo e achou muito legal que fossemos asiáticos assim como ela, por mais que eu tenha nascido nós Estados Unidos, Jungkook veio para cá com uns quatro ou cinco anos de idade pelo o que me contou, sendo assim, os dois conversavam em sua língua materna enquanto eu ficava num canto entendo pouca, quase nada do que eles falavam. Depois de um tempo eles tentaram me ensinar coreano, mas digamos que, no mínimo não deu certo.

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