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     Mais uma vez o dia amanhece, mas  já estou acordado a tempos

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Mais uma vez o dia amanhece, mas já estou acordado a tempos. Sempre gosto de acordar bem cedo para fazer exercícios físicos e hoje não seria diferente. Assim que volto à minha casa, tomo um banho e depois de me vestir, sigo para a cozinha para preparar meu desjejum.

Enquanto preparo meu café da manhã, olho em volta da minha simples cozinha, essa é a minha realidade, completamente diferente da realidade da mulher que estou me envolvendo, a Anne é uma mulher sem igual.

[...]

Assim que chego no trabalho, troço minhas roupas por minhas vestimentas de trabalho e já começo a dar continuidade ao meu trabalho que comecei no dia anterior e não havia percebido a aproximação do meu chefe.

- Acho que já entendi bem seu interesse por aquela mulher, ela muito sabe o que faz. - ele inicia. - Você não é bobo, meu rapaz. - dá leves tapas em minhas costas e se vai. - Mas mulheres como ela não valem apena. - o ouço murmurar.

Do que ele está falando?

Chacoalho minha cabeça e volto a atenção ao motor que está à minha frente.

       Chacoalho minha cabeça e volto a atenção ao motor que está à minha frente

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- Acho que eu vou acabar enlouquecendo! - tento respirar fundo. - Eu não aguento mais isso!

- Calma, Anne! Calma. - minha amiga fala.

- Calma? - grito. - Como eu posso ter calma? Esse doente... Eu não vou aguentar tudo isso! Não vou. Quer saber... vocês dois...vocês...você e Hugo, vocês vão pra bem longe e me deixem aqui. Eu me entrego pro Karl...Eu...

- Cala a boca, Anne! Para de falar besteiras. Você está surtando. - ela vem até mim e me abraça. - Nós não vamos te deixar. O Hugo está em contato com alguns conhecidos e estão buscando o máximo de informações sobre o Karl.

Respiro fundo e então a olho nos olhos.

- Enquanto isso eu vou me manter bem afastada do Marco, não quero que isso respingue nele. - falo decidida.

- E como você vai fazer isso? O que vai dizer a ele? - me pergunta.

- Eu vou dizer precisei viajar a trabalho, sei lá. - dou de ombros. - Só preciso que ele fique longe! Ele não tem nada haver com isso que estou vivendo agora. Não posso deixar isso recair sobre ele.

Os dias se passam e Karl não dá mais nenhum sinal, isso está me deixando completamente maluca. Hugo juntamente com seus amigos têm tentado encontrar informações sobre ele, mas só encontrando informações sobre ele a partir um ano antes de eu entrar no mundo dos filmes adultos, mas não é tanto, nada substancial. É como se ele não existisse, é uma identificação falsa e agora eles estão tentando descobrir a verdadeira.

Enquanto isso tento me manter afastada do Marco, mas é um pouco difícil. Ele é como se fosse o meu ponto de paz nesse mundo caótico, é o algo que pra mim é estranho, porque não o conheço a muito tempo e não senti qualquer igual por outra pessoa em toda minha vida.

- Encontramos! - Hugo entra na sala me despertando dos meus devaneios.

- O que vocês encontraram exatamente? - pergunto apreensiva.

- Tudo! Olha só! - me entrega alguns papéis. - O nome dele verdadeiro é Juan Ruiz...

- Não conheço esse nome.

- É provável que não. O seu pai é policial certo? - me questiona.

- Isso.

- Em uma operação policial, o seu pai prendeu o pai dele, Alexander Ruiz, por tráfico internacional de pessoas. O Alexander foi assassinado na penitenciária dois dias depois do seu julgamento. - conta e fico horrorizada. - Karl/Juan tinha 12 anos quando isso aconteceu e você tinha 5 anos. Quando ele tinha 17 anos ele matou o homem que assassinou o pai dele de uma forma que prefiro não descrever. Com 20 anos ele matou a esposa e a filha um dos policiais responsável pela operação e fez isso com outros familiares de outros policiais que estava na operação.

- Meu Deus! Como ninguém nunca pegou esse cara? - Mari pergunta tão horrorizada quanto eu.

- Ele fez algumas cirurgias plásticas no decorrer dos anos e se você ver uma foto dele antes e outra dos dias de hoje vocês iriam achar que eram pessoas completamente diferentes. - nos mostra as fotos.



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