ACEITE-ME (CONCLUÍDO)

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Esperei que Marco voltasse para cá aquela noite, mas a noite meu namorado me enviou uma mensagem avisando que iria para sua casa, o que não me deixou tranquila, afinal queria resolver a situação que aconteceu pela manhã, mas resolvi aceitar o tempo dele para que possamos conversar e resolver de uma vez por todas.

Apesar de ter demorado para dormir, me esbaldei nas guloseimas que haviam na minha geladeira e depois de algum tempo voltei ao meu quarto e após muito me virar pela cama, consegui dormir um pouco.

Na manhã seguinte, tomei um banho rápido e segui para a casa do meu namorado, assim que cheguei em frente a casa o encontrei voltando mais uma de suas corridas matinais.

- O que faz aqui tão cedo? - perguntou assim que me viu, ele parou em minha frente assim que se aproximou e me deu um beijo na testa. - Vem, vamos entrar.

- Eu vim conversar com você. - falo. - Quero resolver aquele mal entendido entre nós.

- Você ao menos já tomou o seu café da manhã? - ele me questiona enquanto caminhamos para dentro de casa.

- Ainda não, estava sem fome.

- Raposinha, você sabe que tem se alimentar bem, meu amor. - ele abre a porta e me dá espaço para entrar. - Vem, eu vou preparar algo pra nós dois.

- Amor, eu vim pedi desculpas pelo jeito que falei ontem, eu não quis...- suspiro. - Eu só não aguento ver você se matando de trabalhar todos os dias naquela oficina mecânica, eu quero ver você crescer e realizar os seus sonhos. Eu sei do que do você é capaz e é por isso que eu quero ver você conquistar tudo o que sempre quis.

Ele veio até mim e me deu um beijo na testa me abraçando.

- Está tudo bem agora, eu só me senti um pouco frustrado naquele momento. Nós dois temos realidades financeiras diferentes e no fundo eu sabia que isso um dia iria vir a tona...

- Você sabe que eu nunca me importei, afinal eu não conquistei parte do meu dinheiro por métodos tão comuns, não é? - rio sarcástica. - Eu não falei aquilo por mal, só não soube me expressar da forma certa. Já entendi que você não aceita que eu te empreste o dinheiro que falta, então eu pensei propor algo...

- O que exatamente? - questiona curioso.

- Uma sociedade, eu quero ser sua sócia. Tudo feito da forma correta mais correta possível e oficializado em papéis...

- Se está fazendo isso...

- Ow, eu estou visando lucros também ok?! - dou de ombros. - É algo pra você pensar, tudo bem? Não precisa me dar uma resposta agora. Vamos ao nosso café da manhã, estou morrendo de fome.

Depois de voltarmos para a casa da minha namorada, Anne e eu aproveitamos o dia para fazer algo já havíamos conversado a algumas semanas e resolvemos aproveitar que hoje seria o meu dia de folga para irmos ao abrigo de animais.

- Amor, será que vamos dar conta de realmente criar um cachorro? E junto com o bebê? - a raposinha me questiona enquanto ela dirige.

- É claro que vamos dar conta, amor. Acho que vai ser até melhor pro bebê crescer com um animalzinho sabe? - respondo enquanto observo o caminho pela janela do carro. - É bem ali.

Minha Anne estaciona o carro do outro lado da rua e a espero do lado de fora para atravessarmos.

- Pronta?

- Vamos buscar o nosso filho mais velho. - ri.

[...]
- Nós temos muitos bebês lindos aqui. - Layla, uma das atendentes do abrigo de animais, fala assim entramos no espaço dos cachorros, alguns filhotes e outros maiores.

- São todos muito fofos. - minha namorada fala observando todos os animais enquanto andamos.

Então minha raposinha para em frente a uma das casinhas onde um cachorrinho branco e laranja se encontrava.

- Ah, essa é a Jade. Ela acostuma ser bem brincalhona e um tanto quanto imperativa, ela foi resgatada há duas semanas junto com irmãozinho Bruce de uma casa abandonada. Pelo que os vizinhos contaram que os ex-donos dos pets se mudaram a quase uma semana e os deixaram lá.

- Como um ser humano é capaz disso? - questiono revoltado.

- Juro que não entendo. - minha Anne comenta sem tirar os olhos da cadelinha que agora está em pé apoiada na grade enquanto minha namorada faz carinho em sua cabeça. - Como pode deixar você pra trás meu amorzinho? Onde está o irmãozinho dela?

E nesse mesmo momento uma outra mulher entra segurando um cachorro acinzentado um pouco maior que a Jade.

- Chegou na hora certa. - Layla sorri. - Esse é o Bruce.

- Olá, me desculpem interromper, mas, Layla a Lisa te chamou no escritório. - a garota fala enquanto o animalzinho em seu lugar.

- Se me derem licença, vou deixar vocês a sós por alguns minutos e já volto. Precisando de algo chamem a Rose, ok? Ela está bem aqui na frente.

- Você gostou deles dois não é? - pergunto assim que vejo minha garota fazendo caras e bocas para os cachorrinhos.

- Eu os amei, o que você acha de adotarmos eles?

- Acho que podemos pedir para preparem os papéis da adoção. - sorrio.

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