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       Mais uma vez o meu celular vibra em minha mão e assim que vejo na tela o nome de Mariana o desligo

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Mais uma vez o meu celular vibra em minha mão e assim que vejo na tela o nome de Mariana o desligo. Meus amigos têm me ligado desde que sair de casa, mas até agora não os atendi e nem pretendo. Apenas mando uma mensagem avisando que estou bem e em seguida guardo o aparelho no meu bolso.

Vim para um hotel qualquer próximo ao local que combinei com o Karl de nos encontrarmos, quero acabar com isso de uma vez por todas.

Desligo o chuveiro e me enrolo na toalha que havia deixado pendurada, saio do banheiro e vou até minha mala que deixei encima da cama.

- É bom ver você novamente, Anne. - grito assustada assim que ouço essa voz e me viro para confirmar que era quem estava pensando. Karl/Juan.

- O que você está fazendo aqui? Como entrou aqui? - enquanto estou de costas minha mala tento alcançar a minha arma sem que ele veja.

- Ah, Anne...- sorri malicioso. - Não seja inocente, esse hotelzinho qualquer sem segurança alguma, qualquer um consegue entrar. E acho que você está perdendo tempo, sua arma está bem aqui. - levanta a pequena arma que está em suas mãos. - Como você é descuidada, Anne.

- Por que você fez isso tudo, Juan?

- Já fazia tempos que não escutava esse nome. - sorri e se levanta da poltrona.

- Pra assassino você é um pouco burro. - cruzo os braços tentando fazer parecer firme. - Matar as pessoas mais queridas que prenderam o seu pai por tráfico? Seu pai merecia isso!

- Cale a boca! Você não sabe de nada! Você acha que eu me importava com meu pai? Ele merecia tudo que foi feito com ele. - ele cruza os braços. - Na operação que houve para prender o meu pai, eles mataram muitas pessoas pra chegarem até ele e uma dessas pessoas foi a minha mãe. Eles me tiraram as pessoas que eu mais amava e eu tirei isso de todos eles! Ou quase todos, chegou a sua vez!

Ele levanta a arma e aponta em minha direção.

- Karl, eu nunca fiz nada a você, meu pai nunca fez nada a você!

- Cala a boca! - grita. - Você não sabe de nada! E quando eu matar você e o seu pai, tudo vai se acertar e eu vou está livre.

- Você não...- não conseguir terminar a frase.

A janela do quarto foi quebrada e Karl caiu ao chão, e então uma poça de sangue se formou em volta dele.

- Meu Deus! - assustada me aproximei devagar dele, mas assim que cheguei até ele já não tinha mais jeito, ele estava morto.

A porta do quarto é feita em mil pedaços e então alguns homens vestidos de preto e com coletes entram no local, e Hugo os acompanha.

- Graças a Deus você está bem. - Hugo fala e corro para abraça-lo. - Eu tive que entrar em contato com uma pessoa e...

- Filha. - gelo ao ouvir a voz que não ouvia a muito tempo. Meu pai.

- Pai? - me viro e vou até ele abraça-lo.

- Filha, me perdoa. Eu não... - o interrompo.

- Não precisa falar nada, pai. - o abraço forte. Como eu sentir saudades.

[...]

- Filha, isso é tudo culpa minha. - meu pai lamenta. - Eu fiz mal a você, minha única filha. Eu...

- Pai, já chega disso. Por favor. - peço. - Obrigado por ter vindo me salvar.

- Sempre farei isso. - me abraça forte. - Você é o meu maior tesouro e eu nunca deveria ter virado as costas pra você pelas escolhas que fez, mesmo que não as aprove. São suas escolhas e tenho que aprender as respeita-las.






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