Dinis chegou à nossa beira e disse: Elas Não te vão chatear tão cedo. Ahahahahah!
Eu: O que é que lhes fizeste?
Perguntei séria.
Ele: EU?! NADA!
Disse a sorrir.
Olhei para ele ainda séria.
Ele: Nada que elas não tivessem mercido...
Eu: O que é que lhes fizeste?
Ele: Ok... eu só mandei uma boca sobre a mãe dela, e depois ela disse que não tinha mãe e eu disse que se calhar tinha morrido de tristeza por ter tido uma filha cara daquelas, depois ela quase que me empurrava, mas o Gonçalo empurrou-a contra a parede e ela começou a chorar, depois os outros que estavam a assistir começaram a rir-se dela e a dizer que ela era uma porca e o caraças, depois ela irritou-se e atirou-se a mim, eu dei-lhe um murro na cara e disse que normalmente não batia em raparigas, mas que daquela vez tinha não sabia bem em quê que estava a bater, mas tipo, era na brinca, mas ela ficou bué fodid* e tipo, começou a insultar-me e o Gonçalo foi à beira dela e disse para ela repetir tudo, ela repetiu, inteligente... o Gonçalo irritou-se e deu-lhe um estalo na cara, ela está um bocado a sangrar por causa do murro que lhe dei, do outro, porque ela, quando me insultou disse que eu andava com uma put*, então, depois do estalo, foi o meu segundo murro, e pronto.
Eu: Tu quê?
Ele: Mor, eu estava a proteger-te.
Olhei para ele, dei meia volta e fui-me embora.
Ele: Mor...
Disse num tom normal, eu ainda o conseguia ouvir.
Caminhei mais depressa, mas ainda tinha dores por causa daquela parva ela merecia um murro naquela cara, realmente, mas Dinis andava no basquetebol, por isso tinha muita força nos braços, e eu ainda não acredito que ele tenha dado um murro com força... em fim...
Entrei no bloco do bar da escola. O bar estava completamente vazio, sentei-me numa das cadeiras que lá havia, na verdade, o chão até é mais confortável que esta cadeira.
Xxx: Mor.
Dinis estava mesmo triste, entrou no bar e sentou-se à minha frente, tinhamos uma mesa a separar-nos.
Eu: Diz.
Disse fria.
Ele: Eu vi que tu não concegues caminhar sem ser a passo de caracol por causa daquela parva, eu já tinha visto isso antes de acontecer o que aconteceu, ainda por cima, eu pensei que tu não quisesses saber da saúde daquela...
Eu: Quer dizer, eu não quero saber da saúde dela, mas, quer dizer, toda a gente acha que somos namorados, por isso, eu não quero que o meu mais ou menos namorado faça isso à saúde daquela rapariga, se tivesse cido o Gonçalo, eu não estava assim...
Ele: Mas se ela fizer queixa, não vai dizer que sou eu, porque, eu já sabia que vinha para aqui fazer porcaria, por isso, sopostamente estou na minha escola.
Eu: Como assim?
Ele: Eu não dei a saída e eu pedi para me passarem o cartão naquela cena da cantina, por isso, a esta hora, estou a jogar basquete com os meus amigos, depois de ter comido na cantina, na minha escola.
Dinis sorriu.
Eu: Eu estou a falar das pessoas.
Ele: Deixa estar, as pessoas gostaram e disseram que eu era REI!
Eu: És é convencido.
Ele: E sabes porque é que eu não me vou chatear com o teu comentário? Porque também sou apaixonado.
Eu ri-me.
Ele: E tu és apaixonada?
Eu ri-me. Claro que sim, mas sopostamente estava chateada com ele.
Ele: Isso é um sim?
Eu ri-me mais e escondi a minha cara com as minhas mãos para ele não me ver a rir.
Depois levantei-me ainda com as mãos a tapar a cara e saí do bar.
Ele: Vais me abandonar?
Destapei a cara e olhei para ele a sorir.
Ele correu atrás de mim, eu fugi dele a rir, passado um bocado ele apanhou-me e abraçou-me pelas costas, beijou-me o pescoço eu olhei para ele.
Eu: Sim, sou apaixonada.
Dinis deu-me um beijo na boca, eu retribui.
Dinis: Amo-te, por isso é que faria tudo por ti.
Eu: Até partir a cara a uma rapariga...
Gozei. Ele deu-me a mão, entrelaçamos os nossos dedos.
Dinis: Sabes que mais? És uma chata.
Disse Dinis de uma forma tão fofa que eu até considerei um elogio.
Apaixonada...
Eu: Diz outra vez.
Dinis: Queres que eu te insulte outra vez?
Eu: Sim.
Dinis: Ok. És uma chata.
Disse de uma maneira ainda mais fofa.
Eu: Ficas tão fofinho quando me insultas.
Dinis riu-se.
Dinis: Eu sou fofinho a insultar pessoas! Mereço um Óscar.
Eu: Não, tu só podes ser fofinho para mim.
Dinis: Porquê?
Eu: Porque és o MEU mais ou menos namorados.
Dinis: Faz sentido...
Eu: Claro que faz...
Dinis: E como é que se chama isso. Insultar de uma forma normal é insultar, mas insultar de uma forma fofa é quê?
Eu: Fofi-insultar.
Dinis: Ok, primeira regra. Eu só posso fofi-insultar a minha mais ou menos namorada. As palavras que tu inventas até fazem sentido.
Eu: Eu sei...
Fomos dar uma volta pela escola antes de ele ter que ir para a outra, a dele.
Dinis: Agora vou ter de ir.
Eu: Ok.
Dinis: Adeus, azarenta.
Eu: Adeus sortudo.
Dinis: Mas primeiro temos que fazer uma coisa. Fecha os olhos.
Eu fechei.
Dinis: Abre.
Dinis tinha uma faca na mão.
Eu: O que é que tu...
Dinis: Matar-nos aos dois...
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Sou o azar em pessoa... ou não
RomanceE se... ninguém olhasse para ti com bons olhos, ou não olhasse mesmo! Mas, de um dia para o outro, eras uma estrela e namoravas, provavelmente, um dos rapazes mais desejados da tua escola e arredores? Bem, se fosses assim, eras como eu...