Trinta e seis

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Passou-se um mês e finalmente acabamos as coisas necessárias para a nossa primeira casa! Decidi que este verão ia tirar a carta. Chegar de carro à escola iria ser mesmo bom!

Dinis estava sempre atarefado neste mês, com as coisas das empresas.

Estava a ver televisão e Dinis chegou do trabalho.

Eu: Nove horas? Tens chegado cada vez mais cedo!

Era verdade.

Dinis: Nem sabes as saudades tuas que eu tinha.

Ri-me.

Ele veio ter comigo ao sofá, abraçou-me.

Estava vestido de fato, mesmo giro!

Olhei para a cara dele. O sorriso dele, os seus dentes brancos, alinhados e as suas covinhas, deixavam-me nas nuvens!

Dinis olhou-me nos olhos.

Começou-me a beijar, retribuí.

Dia seguinte.

Acordei, mas Dinis já não estava lá.

Olhei para a sua mesa de cabeceira, tinha deixado lá o relógio que lhe tinha dado no aniversário.

Vesti-me com uma roupa super gira e fui à empresa do pai dele, de táxi.

Aquilo era grande! Um edifício todo espelhado, com muitos andares. Mal entrei, um guarda veio ter comigo.

Guarda: Onde é que a menina vai?

Eu: Vou ter com o Dinis.

Dito isto, continuei a andar.

O guarda agarrou a minha mão com força.

Guarda: Eu sei que o meu chefe é muito atraente mas, não a posso deixar entrar...

Eu: Pode sim, esta empresa vai ser minha quando eu casar com ele!

O guarda riu-se.

Guarda: De onde é que o conhece.

Eu: Até lhe podia estar a contar a minha vida amorosa toda, mas, tenho que ir ter com o Dinis... com licença.

Caminhei em passo rápido por entre as pessoas, entrei num elevador vazio, fui para o andar mais alto que dizia "chefe" nos botões.

Cheguei a uma mesa onde estava uma senhora ao telefone e a escrever algumas coisas no computador.

Senhora: Espera só um bocadinho.

Disse para o telefone.

Senhora para mim: Sim?

Eu: Queria falar com o Dinis, será que posso agora?

Senhora: Vou ligar-lhe. Aguarde só um momento.

Sentei-me e, passado uns dois minutos a senhora chamou-me.

Senhora: Ele diz que não pode agora.

Eu: Mas, ele está em reunião?

Senhora: Não podemos dar essas informações.

Eu: Mas ele é meu namorado... como é que ele não pode vir falar comigo?

Senhora: Não quero com isto a provocar, mas, por dia, Dinis recebe muitas "namoradas"...

Eu: Ele anda-me a trair?!

Senhora: Não, é só que muitas raparigas querem ir ter com ele... ele é giro, elas às vezes são das revistas cor de rosa e querem uma entrevista com um milionário...

Sou o azar em pessoa... ou nãoOnde histórias criam vida. Descubra agora