#dezoito#

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Comecei a gritar, dentro do carro.

Eu: AJUDA! SUCORRO!

xxx: Cala-te, put*!

Eu: Eu mato-te!

xxx: Se eu não te matar a ti primeiro, tal como a tua mãe fez à minha filha, eu vou fazer à dela, EU VOU FAZER A TI!

Gritou o homem.

Eu: FUCK YOU!

Gritei.

xxx: Já agora, sou Ivo.

Eu: SUCORRO!

xxx: Ivo Figueiredo. E só para saberes, vou fazer o mesmo à tua mãe, ao teu irmão, ao teu pai, a tua família vai acabar e isso vai ser um milagre, és um perigo, não mereces viver.

Comecei a chorar, só de pensar que o Dinis vai pensar que eu não gosto dele, a minha mãe vai pensar o quê?

Eu não tive culpa...

Ivo: A minha filha era tudo o que eu tinha..., quando eu acabar o meu trabalho... matar-te... as pessoas vão agradecer.

Abrecei as minhas pernas.

Ivo: De que forma queres morrer? Queres que eu use a arma, as drogas, ou... a surpresa?

Eu não respondi.

Ivo: Ah?

Eu: Ah o caralh*.

Respondi farta.

Ele parou a carrinha, senti uma onda de anciedade.

Abriu a carrinha.

Eu fugi.

Ele foi a correr atrás de mim.

Empurrou-me, eu caí no chão, ele começou a dar-me murros na barriga. Eu gemi de dor.

Eu quero o Dinis!

Gemia, sofria, morria...

Eu: Para!

xxx: Que estás a fazer?

Ivo: A mãe dela matou a minha filha!

xxx: Ivo, anda para casa! Para!

Deixei de ouvir, vi a minha mãe a brincar comigo, eu estava vestida de princesa, a minha mãe saiu, foi trabalhar. Vi os meus amigos da pré primária, eu estava a brincar com a Sara, com a Catarina e uma menina, eu não me lembro do seu nome, não me lembrava dela, o pai veio-a buscar, era... era o homem que me matou...? Deixei de ver aquilo...

POV xxx

O homem tirou uma foto ao cadáver.

Senhora que estava ao ledo de Ivo: Mataste-a? MATASTE-A!

Ivo: Vamos para dentro!

Senhora: Ela tinha uma vida pela frente, ELA NÃO TEVE CULPA!

Ivo: A minha filha também não teve culpa!

Na casa de Dinis.

Carlos: Fala com ela, liga-lhe.

Dinis: Eu já lhe liguei para ela não responde!

Dinis correu para o quarto e começou a dar pontapés às caixas de tabaco.

Triiiiiim!

Telemóvel.

Dinis sorriu e atendeu.

Dinis: Mor?

xxx: Sou a mãe da Flávia.

Dinis: Ela está aí em sua casa?

A mãe de Flévia começou a chorar.

Dinis: Diga-me o que aconteceu, por favor.

Mãe: Mandaram-me uma foto...

Dinis recebeu uma foto.

Dinis: Ó MEU DEUS! ELA MORREU?

Mãe: Não sei... só queria saber onde é que ela está...

Dinis: Eu vou procurar já!

Passou uma noite, a pior noite que Dinis vivera, com sono, fome, frio, e pior que tudo! A Flávia!

Dinis passou por uma rua, aquele skate já tinha rolado quilómetros, as solas das sapatilhas estavam cada vez mais gastas, a lanterna iluminava a estrada, até que viu alguém no fundo da rua.

Dinis: FLÁVIA!

Dinis abanou-a, ela não respondia, pegou na lanterna, mas estava morta! Ligou para o 112. Passados cincos minutos chegou a ambulância. Dinis estava quase a chorar, só queria voltar atrás! 

Polícia: Boa noite.

Dinis: Boa noite.

Polícia: Pode chegar aqui um momento?

Dinis: Posso.

Polícia: Ela está morta.

Dinis: Eu já tinha visto...

Disse de olhar baixo.

Sou o azar em pessoa... ou nãoOnde histórias criam vida. Descubra agora