Trinta e quatro

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Eu: Dinis! É uma matilha!

Um dos lobos começou a correr, eu gritei, mas não me conseguia mover, estava paralizada, como da vez em que estava na escola e conheci o Dinis.

Deixei o telemóvel cair e, quando finalmente consegui correr, corri o mais rápido que consegui. Encontrei uma floresta, corri o mais rápido que consegui. Entretanto, o meu vestido ia-se rasgando nos ramos, tudo o que de dia era mágico, de noite era assustador, mas, quando consegui escalar a tal pedra e me vi longe dos lobos deitei-me e recuperei o folgo, um deles, lá longe uivou. Era assustador, deu me um arrepio só de ouvir, passado muito tempo os lobos foram-se embora.

A pedra onde eu descançava, estava completamente descoberta do resto da floresta.

Gritei, alguém podia ouvir.

Eu: AJUDA!

xxx: Uúh!

Era um animal qualquer.

Eu: ALGUÉM? AJUDA! SUCORRO! POR FAVOR!

Aquela escuridão era aterradora!

Comecei a chorar.

Como ficará a minha mãe, ao pensar que eu fui comida por um lobo!?

Como estará Dinis, por eu ter "morrido" por ele ter fumado?!

Será que eles vão fazer o meu funeral amanhã?

Mas eu não morri!

Eu estou aqui!

Mas se ninguém te encontrar, vais morrer!

Mas amanhã, eu vou ter com eles, vou a casa deles!

Mas amanhã, os lobos vêm ter contigo, porque querem comer!

Mas, se eu correr!

Tu vais correr para que direção?

Uma!

Qual?

Não quero morrer!

Adormeci.

O sol despertou-me. Desci aquela pedra. Fiz o caminho inverso, isto é, os lobos e eu, tinhamos deixado pegadas, ou ramos partidos e, assim eu conseguia voltar! Começou a anoitecer outra vez, não sabia ao certo quanto já tinha percorrido, mas sabia que tinha de me apressar, pois as pegadas não duravam para sempre, mas, mal eu visse  algum portão, só poderia ser o portão da casa do dono da festa.

Não sabia onde iria dormir. Procurei e procurei, mas, não encontrei, deixei uma marca, para saber por onde teria de começar no dia seguinte.

Eu: Eu só queria o Dinis.

Disse a uma árvore. O por do sol lembrava-me os nossos encontros. Olhei, respirei fundo. Senti uns braços a abraçar-me, assustei-me. Mas, não era verdade, era só o desejo de ter alguém a abraçar-me, ou melhor, Dinis...

Eu: Estou quase lá! Eu sei! Eu acredito.

Estava um bocado rouca, mas consegui forças para gritar.

Eu: DINIS!


Pov Dinis


Fui comer alguma coisa, dentro de casa do André. Depois tinha de ir procurar Flávia, isto parecia um filme de terror! mas, eu estava a senti-lo, a vivê-lo.

Pareceu-me ouvir um grito, bem longe.

Não pensei duas vezes, corri para a varanda da sala em frente à cozinha.

Sou o azar em pessoa... ou nãoOnde histórias criam vida. Descubra agora