Tinha conseguido!
Finalmente um emprego em que conseguiria conciliar com os estudos e as complicações normais do cotidiano e ela estava muito ciente disso enquanto era entrevistada. Era mais do que desejara e pedido a Deus. Agradeceria de joelhos se não estivesse ocupada demais controlando a vontade infantil de saltitar pelas ruas de volta para casa a morena sorria para todos que cruzava na rua e talvez as pessoas tenham a chamado de doida porém, era uma doida empregada. Foram muitos dias que Hermione cantava e sorria verdadeiramente a toa e bobamente mas isso significava um dinheiro extra no mês e quem sabe um bônus para pensarem em alguma viagem ou passeio. Mas era um pensamento a longo tempo por isso abaixou as expectativas.
Nem se importava em gesticular com os braços minimamente para o ar e sacudir a cabeça.
Porque estou feliz
Bata palmas junto se você se sente em num quarto sem telhado
Porque estou feliz
Bata palmas junto se sente que a felicidade é verdade
Porque estou feliz
Mas não importava, estava feliz demais. Claro, não era o que queria e o tanto de dinheiro que pensava, mas já era um começo de antes, sem nenhuma escolha de caminho pra seguir e a falta de opções agora se abria. Daria para dar uma parte no aluguel atrasado e pagar sua faculdade e o restante tentaria dividir nas outras despesas - melhor ainda se ganhasse gorjetas e o seu futuro patrão tinha deixado escapar como quem não quer nada sobre ela ser bonita o bastante para encantar alguns caras. Pegando mais umas semanas alguns alimentos na lojinha perto de casa, pendurando na caderneta, daria para segurar as contas até se instabilizar financeiramente.
Iria dar tudo certo. Esse era seu mantra e repetia sempre para si mesma.
Lá vêm más notícias, falando disso e daquilo
Bem, dê-me tudo o que tem e não se contenha
Já estava começando a ficar com as bochechas doloridas de tanto sorrir mas era uma dor boa.
Pela primeira vez em três anos morando naquele apartamento Hermione não ficou incomodada em subir os quatro lances de escadas ou olhar as portas precárias, só que bem limpas e polidas pelos moradores igualmente humildes de corações bons. Quando chegou em casa abriu a porta com pressa e gritou pela mãe.
Mônica surgiu na sala com uma rapidez surpreendente e com o rosto vermelho de preocupação. Hermione sorriu e agarrou a mãe nos braços, rodopiando com ela no meio da pequena sala, sentindo o corpo da mis velhas tenso a cada sacudida sem ritmo da morena eufórica demais.
- Eu consegui! Eu consegui!
Mônica não estava entendendo nada e tentou ficar parada. Não obteve sucesso.
- O que você conseguiu, Hermione? - já estava ficando tonta com tantos rodopios que a filha a tentava fazer. - Hermione, pare!
A garota finalmente parou mas não deixou de pular.
- Lembra daquela vaga de emprego que eu não queria tentar? - Mônica pensou um pouco e lembrou: a vaga de barman em um pub no centro da cidade. Era meio que assustador só que Hermione até que se atrevia na preparação de alguns drinks, pois, nas poucas festas da vida que Luna a arrastava ficava maior parte delas conversando com o barman para pegar bebidas para as duas. Era uma coisa muito boa no meio de todo o barulho e gente se batendo um no outro.
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Startruck - Ligados pela Música
FanfictionSufocado e constantemente sobre pressão, Rony Weasley, um jovem cantor que passa por momentos difíceis - o que consisti em atitudes ofensivas a sair do palco durante um show - é forçado a dar uma pausa em sua lotada agenda cheia de shows e entrevist...