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mate-me com prazer
(capítulo oito)

❛❛ VOCÊ QUER FUDER COM TUDO, FUDER COMIGO ❞


COMO QUALQUER ASSASSINO QUE SE PREZE, eu vivo da morte, do sangue, dos gritos de pavor incontroláveis e irrefutáveis das minhas vítimas

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COMO QUALQUER ASSASSINO QUE SE PREZE, eu vivo da morte, do sangue, dos gritos de pavor incontroláveis e irrefutáveis das minhas vítimas. E isso é tão hipócrita, Jimin. Porque você também vive a base de gritos incessantes, mas a grande diferença, é que os seus gritos são de puro prazer. Um prazer que vem do fundo da sua garganta, com potência o suficiente para me fazer gozar do outro lado do prédio, mesmo que não esteja assistindo seu show sexual às três da manhã. E porra, você gosta muito disso. De gozar, de gritar, de me fazer enlouquecer em poucos segundos ou em 24 horas consecutivas desde que eu descobri sua existência. Você é como um diamante escondido entre mil pepitas de ouro maciço, duro assim como seu pau está exatamente agora. Nesse quarto particularmente pequeno, como a caixa onde eu crio minhas baratas mentais, cheirando a porra velha e seca por todo mísero lugar. Mas é isso o que você quer, não é Jimin? Você quer me sufocar aqui dentro desse cômodo, me sufocar com seu cheiro gostoso e me usar como um boneco inflável que homens babacas e despretensiosos compram em sex shops. Você quer fuder com tudo, fuder comigo e eu realmente estou a ponto de te fuder antes de te matar com a lâmina de barbear que ainda está escondida entre meus dedos. Mas isso não é nenhum segredo, não mais. Porque você têm consciência da lâmina, tem consciência de que eu não sou apenas a porra de uma história de terror da qual se pode esquecer depois de ter a merda de alguns pesadelos. Eu sou grandioso, cacete.

E você sabe disso e não consegue tirar do rosto esse seu sorriso de merda desde que jogou contra mim argumentos convincentes sobre a farsa da minha camuflagem. E no processo, sua camuflagem também foi despedaçada, Jimin. E você me parece tão impudico agora, nessa situação tensa e promissoramente libidinosa. Em sua bermuda folgada e camisa facilmente rasgável, que me diz que você quer suar hoje, que quer chupões no seu pescoço e tapas nessa sua bunda musculosa e farta. Gostosa pra caralho. Então é isso, certo, Jimin? Você está excitado por eu estar "encurralado" com você, com a antiga promessa falsa de ajuda, que foi apenas um pretexto para me ameaçar. E sabe Jimin, é melhor você se esforçar para que eu não te mate, desgraçado, porque o tempo todo em que você ficou falando sobre meus assassinatos, eu só pude observar sua boca como um orifício para o meu pau e eu arduamente fiquei pensando no modo como você brincou comigo. No modo como fez de mim uma piada, da qual eu não quero rir. Eu fui sua marionete, puxada pelos fios vermelhos do destino. E o seu destino, está nas minhas mãos agora, Jimin. Um destino traiçoeiro, como a serpente que você é.

— O que foi, Seokjin, o gato comeu a sua língua? — você diz com uma risada, e suas palavras são como manteiga derretida, como meu cérebro no exato momento em que disse o que sou. Que sibilou como uma cobra, que sabe sobre mim, o assassino de Gangnam-Gu.

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