20.

52 8 16
                                    

mate-me com prazer
(capítulo vinte)

❝ ELE É VENENO E NÃO É NADA COMO VOCÊ, TAEMIN ❞

A VIDA É APENAS O AFOGAMENTO dos nossos planos, Taemin e eu já sofri afogamento, atropelamento, acidentes de automóveis, acidentes de trabalho, crises existenciais, dores agudas, discriminação, injustiça e perseguições

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A VIDA É APENAS O AFOGAMENTO dos nossos planos, Taemin e eu já sofri afogamento, atropelamento, acidentes de automóveis, acidentes de trabalho, crises existenciais, dores agudas, discriminação, injustiça e perseguições. Sobrevivi a tudo isso, justamente porque sou um projeto violento em andamento e o meu caráter de Serial Killer ainda tem planos para mim… Eu creio! E com planos, Taemin, quero dizer que vou acabar com a existência do seu irmão irritante hoje. Vou arrancar o seu tumor ambulante com um alicate sem esterilização e é tudo culpa dele. Ele é intrometido, mal caráter, depressivo e eu o odeio. Você o odeia, Hoseok o odeia — eles terminaram, traição — ele mesmo se odeia. E você tem que concordar comigo que Taehyung é uma doença seriamente patológica e é a primeira vez que ele é preso por seus próprios demônios, dentro da própria cabeça, e ele anda se entupindo com antidepressivos desde que Jimin sumiu. E Taehyung é isso, é literalmente uma âncora, constantemente se arrastando para baixo com seus problemas, seus dramas inventados. Posso lhe dizer que ele é veneno e não é nada como você, Taemin. Taehyung é desajeitado e ruidoso, e agora depressivo, deprimente. Ele é autodestrutivo. Mas também é destrutivo para os outros. Matá-lo será o maior risco de minha vida — eu posso perder você, Taemin —, mas é claro que vai gerar a maior recompensa. Eu terei você, sem ele. E é uma vergonha, que este rio seja desperdiçado com cadáveres de pessoas como Taehyung.

Ontem, depois que meu expediente acabou, eu o segui depois que vocês brigaram, e descobrir onde ele morava, que ele corre todas as manhãs na beira do rio Han numa tentativa falha de se manter firme, a mente insana estável. Os arredores do rio Han é um grande lugar para esperar, o sol está nascendo e agora não vai demorar muito. Logo Taehyung estará aqui, sozinho. Namjoon adoraria isso aqui. Na última vez em que vi o Sol nascer no rio Han, eu estava com ele. Não é hora de pensar em Namjoon, mas como posso evitar? Vimos o Sol nascer e à medida que brilhava mais, mais ele tentava me convencer a transar no estacionamento. Nesse sentido ele era muito insaciável, um jovem sexista que só se importava em fazer sexo em público.Namjoon sabia que ia acabar sendo morto, e sabia que eu não era do tipo que fornece redenção. Não foi culpa minha Namjoon ter me seguido até aquele beco, e não foi culpa minha eu tê-lo apanhado tentando me denunciar a polícia, tê-lo segurado por trás e tê-lo visto passar para o grande além quando minha faca deslizou pelas suas costelas. Ele queria estar lá, no inferno, ou não teria ido até o beco comigo.

Não culpo Taehyung por ser tão infeliz, Taemin, do mesmo modo como não culpo Namjoon por desejar minha prisão. Que vergonha sentir tanta raiva por causa do que você não tem que acaba tratando mal o que tem, como se não fosse nada. Taehyung é assim. Ele não é grato por poder respirar o mesmo oxigênio que você, Taemin, ele não é grato por viver em um prédio de apartamentos, onde o maior perigo é a porra do líder do fanclube do Super Junior. Ele é muito como Namjoon, que não era grato por sua vida, por camisinhas e por lâminas de barbear. Ele odiava se depilar, caralho. Admito que estou meio mal-humorado agora, pensar nisso me dá uma puta raiva e a última coisa que comi foi a merda de um hoppang de wasabi. Finalmente vejo Taehyung sair para perto do rio, um ponto preto mórbido à distância. Ele se alonga, se aproximar, e aí vamos nós. A cada segundo eu posso ouvi-lo mais claramente, sua respiração, os pés batendo e Kim Heechul berrando no celular sem fone. Ele passa por mim, como um sussurro, eu vou atrás dele como Jack o estripador em um beco escuro. Silencioso. Ele não me ouve. Ele é destemido em respirar. Eu o agarro pelo gorro do casaco preto. Antes que possa gritar eu o jogo sobre o gramado e monto em suas costas. Ele luta, chuta, mas sua boca está na grama, Heechul não para de cantar — “Mesmo que você tente dar uma tapa no meu rosto, você não consegue alcançá-lo" —  e eu pego uma pedra no chão.

MATE-ME COM PRAZER | 1 |  ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora