mate-me com prazer
(capítulo vinte e três)❝ E VOCÊ PENSA NESSAS COISAS NA PRISÃO PARA NÃO ENLOUQUECER ❞
SERIAL KILLER, por serem charmosos, eloqüentes, “inteligentes” e sedutores, costumam não levantar a menor suspeita de quem realmente são, Taemin. Visam apenas o benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade. Mas não são apenas assassinos que podem ser descritos dessa maneira, policiais também podem. E a polícia está fixada demais no passado e quero dizer a eles que nada disso acabou. Eu não sou um homem mudado. Não mudarei. Serei sempre um sujeito sujo e isto parece importante, mas, legalmente, não é. Meu cérebro se deslumbra com minha defesa, aquela que não posso revelar, porque o caso contra mim vai além da minha perspectiva, muito além do que eu posso imaginar que eles tenham como prova. E é uma merda, eu queria saber do que se trata. E essencialmente, é o seguinte. O policial Jeon Jungkook — cara de cu — e o Departamento de crimes violentos não são como malditos blogueiros de jornal. Eles levaram a sério as queixas de Taehyung. Uma de suas queixas era relacionada a Jimin, aquele puto exibicionista. Eles não conseguiram localizar Jimin, era como se ele não
existisse. Pelo menos era o que eu pensava. Na verdade, embora os pais de Jimin insistissem em encerrar o caso sobre seu desaparecimento, o policial Jeon foi à procura de provas e ele descobriu que a placa do minha vã estava entre os registro do pedágio de Busan. Ele descobriu que o automóvel estava registrado no nome de um certo Kim Seo Hoon. Meu pai morto. Meu pai morto que pegou prisão perpétua e depois foi condendo a morte por matar garotinhos “inocentes”. E Jungkook havia lido sobre sua prisão em algum artigo no Korea Daily News. A porra do Korea Daily News. Viu o nome Kim Seokjin no registro familiar e depois assimilou os fatos.Ele me encontrou em um registro escolar da época em que o meu pai foi preso e ele me reconheceu, levou a foto aos funcionários do pedágio e eles me conheciam, é claro, como o motorista da van, como o cara suspeito. E com mais algumas pesquisas, o policial Jeon também descobriu — através do registro de residência da prefeitura — que eu sou vizinho de Jimin. E então o alerta vermelho foi disparado. O policial Jeon Jungkook não é burro, e ele sabia que outros jovens da universidade de Jimin, também tiveram um fim precosse. Eu quase queria poder estar lá no dia em que ele visitou Taehyung no hospital e lhe mostrou minha fotografia — a porra do registro escolar — e disse, “Este é o cara da doceria?”. E foi assim que este turbilhão aconteceu, como qualquer sistema de tempestades na natureza, uma confluência de circunstâncias que se tornaram mais concretas quando o incêndio no meu apartamento foi controlado e os bombeiros acharam pinturas estranhas num quarto trancado e quase em chamas. E é tão absurdo quanto eu encontrar Jimin no inferno depois de morrer. Como as coisas se juntam neste universo, como não se juntam, é injusto. Fui muito prudente ao matar Jimin. Fui muito prudente com você, Taemin. Deixei que vivesse. Não o castiguei. Nunca tive esse pensamento. E eu penso que o sistema judiciário devia ver onde estou agora, a que ponto cheguei, tudo de bom que tenho a perder. Eles deviam parar de sondar meu passado. É muito vingativo, muito quinta série o jeito como querem reduzir toda a minha vida a esses garotos mortos.
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MATE-ME COM PRAZER | 1 | ✔
Fanfiction༺ | ❝𝑴𝑨𝑻𝑬-𝑴𝑬 𝑪𝑶𝑴 𝑷𝑹𝑨𝒁𝑬𝑹 ࿌✧ ░░░░ ( 𝑱𝒊𝒏𝒎𝒊𝒏 𝑺𝒉𝒊𝒑𝒑 ) 𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄 ❛❛ Hipnótico, assustador e brilhante são alguns dos adjetivos usados para descre- ver esta história sobre um amor obsessivo e suas perigosas consequê...