11.

103 17 11
                                    

mate-me com prazer
(capítulo onze)

❛❛ VOCÊ É MINHA NOVA PINTURA VIVA, JIMIN ❞


ASSASSINATO É O EUFEMISMO para algo meramente brutal, é como pegar um martelo ou uma barra de ferro para abrir um casulo de uma maldita borboleta monarca

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ASSASSINATO É O EUFEMISMO para algo meramente brutal, é como pegar um martelo ou uma barra de ferro para abrir um casulo de uma maldita borboleta monarca. Mas o que os famigerados seres humanos não entendem, é que todo assassino já foi uma criança inocente, já foram ridiculamente ingênuos e cretinos idiotas por acreditarem nas hipocrisias dos adultos. E são justamente os adultos que destroem os doces sonhos de um garotinho, Jimin. São eles que destroem o corpo, a alma, a essência. Eu sei muito bem disso, já fui uma dessas crianças idiotas com complexo de atenção injustificada, mas agora eu sou o próprio destruidor de sonhos. Eu crio a porra dos malditos pesadelos, JiminAtraio os jovenzinhos para um beco imundo, fedendo a bo ssam e boquete de prostituta e então, os mato. Mas, dizem por aí que todo ser humano tem o direito à salvação, ao perdão, a um grito de pavor incontrolável e tão cortante a ponto de rasgar a garganta de qualquer um. Infelizmente, eu sou como um lobo, como um vampiro, como Jack o estripador segurando uma faca em meio a escuridão de um beco. É óbvio que você notou este fato indubitável, mas não teve tempo o suficiente para perceber que talvez seja por querer preservar seu casulo de borboleta monarca que eu passei a noite inteira idealizando lhe dar redenção, Jimin. Porque, bem, você é a porra do patrão.

E em certo momento, enquanto estavamos jogados sobre  aqueles seus lençóis impregnados de porra velha, eu simplismente parei de fingir que estava dormindo e me permiti observá-lo no seu sono pacífico. Você estava esgotado, relaxado e seu pau estava finalmente flácido. Você não pode mentir dormindo, Jimin. Sei que estava sonhando com qualquer merda que não fosse seu pau me comendo como se eu parecesse alguma prostitura famigerada que roda a bolsinha nas esquinas de Yoksang-Don. E a única razão para você ainda estar respirando, Jimin, é porque você é a merda de uma obra de arte. Nu, molhado de suor, gemendo como uma cadela. Você é a própria definição da perfeição. E devo admitir que você se torna ainda mais perfeito estando aqui, no meu quarto à prova de som, com piso claro, paredes brancas, sem janelas, inquebrável, e com uma belíssima decoração de exatamente trinta e cinco pinturas feitas à mão, feitas pelas minhas próprias mãos.

E agora, há uma cama, com você deitado sobre ela e seu tornozelo enfeitado com a corrente de aço mais linda que já comprei. Você é minha nova pintura viva, Jimin. E eu sou o seu Picasso, parado em frente a cama, como se admirasse o quadro mais caro de um museu. Um quadro fodidamente majestoso. Mas, quando você finalmente acordou, eu não sei quanto tempo se passou e meu subconsciente insiste em me dizer que foi um século. Um século que passei sem ter você em meus braços. E inicialmente você não pareceu entender, e começou a tagarelar desajeitado sobre a cama — “isso é um sonho?” —, depois falou sobre ter tido um pesadelo igual a este uma vez. E então, finalmente se deu conta de que há pinturas dos jovens universitários que passaram no noticiário das 8 pendurados por todas as paredes brancas. Você esticou a mão para os cabelos, e pela terceira vez desde que nos conhecemos, eu tive medo pelo que você poderia fazer a mim. Talvez me entregar para a polícia como um maldito cretino x9, ou fazer com que as famílias em luto me esquartejem no meio da rua em plena manhã de alguma segunda-feira. Mas, eu tomei uma decisão executiva, porque não poderia deixar você exibindo essa sua bunda saliente por aí, correndo o risco de fazer desmoronar o meu castelo de cartas. É por isso que está aqui, no meu mundinho branco e preto.

MATE-ME COM PRAZER | 1 |  ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora